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MADRID 4 nov. (EUROPA PRESS) -
O primeiro-ministro da França, Sébastien Lecornu, defendeu a "renegociação" do acordo assinado com a Argélia em 1968 e o fez "o mais rápido possível", em vez do rompimento exigido pela extrema-direita, que na semana passada obteve o apoio da Assembleia Nacional para romper o tratado.
"Não acredito na revogação desse acordo, mas em sua renegociação", defendeu Lecornu perante o Parlamento, em resposta a uma pergunta feita pela líder do Rally Nacional, Marine Le Pen, crítica de um texto que ela considera "anacrônico" e prejudicial aos interesses da França.
O primeiro-ministro também pediu que as controvérsias com a Argélia não fossem transformadas "em uma questão de política interna na França", um argumento usado nos últimos meses pelas autoridades do país magrebino para atacar essa e outras iniciativas de natureza política.
A proposta aprovada pela Assembleia Nacional incluía o possível rompimento do acordo assinado em 1968 com a Argélia, que inclui cláusulas específicas de entrada ou residência para cidadãos argelinos. O procedimento foi uma vitória sem precedentes para o partido de Le Pen, que nunca antes havia conseguido aprovar um texto próprio.
A resolução também ameaça prejudicar ainda mais as delicadas relações entre a França e a Argélia, que foram marcadas nos últimos meses por censuras mútuas e pelo rompimento de acordos existentes. O governo francês reprovou as autoridades argelinas por várias prisões, enquanto a Argélia questionou o endosso de Macron às teses soberanistas do Marrocos sobre o Saara Ocidental.
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