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MADRID 27 dez. (EUROPA PRESS) -
Um promotor criminal econômico acusou formalmente o presidente da Associação de Futebol Argentino (AFA), Claudio 'Chiqui' Tapia, bem como seu tesoureiro, Pablo Toviggino, por uma suposta retenção indevida de contribuições para a previdência social, em um caso que surgiu de uma denúncia da Agência de Arrecadação e Controle Aduaneiro (ARCA), que estima que a dívida para os anos de 2024 e 2025 seria de mais de 19.19 bilhões de pesos (11,7 milhões de euros).
O promotor público, Claudio Navas Rial, instaurou a ação penal após uma denúncia apresentada pela Direção Geral de Impostos (DGI) da ARCA, de acordo com a mídia argentina, como os jornais 'La Nación' e 'Crónica'.
A partir da análise dessa denúncia e da documentação fornecida, "surgiram elementos suficientes para dar andamento à ação penal pelos fatos investigados", de acordo com uma resolução à qual a imprensa teve acesso.
Em sua decisão, Navas apontou que, apesar de a documentação bancária mostrar importantes credenciamentos de fundos durante os períodos analisados, a AFA não depositou os valores retidos dentro de 30 dias após a data de vencimento, uma situação que levou à emissão e notificação de boletos de dívida pela ARCA.
No contexto deste caso, o promotor solicitou uma série de medidas probatórias a serem autorizadas por um juiz. Entre elas, ele solicitou que o Banco Central da Argentina revele com quais entidades bancárias a AFA operou para que, uma vez identificados esses bancos, ele possa solicitar a eles um relatório detalhado de todas as contas que a associação manteve durante 2024 e 2025. O promotor também solicitou à Inspetoria Geral de Justiça os demonstrativos financeiros apresentados pela AFA para os mesmos anos.
Até o momento, nem Tapia nem os outros líderes acusados - que também incluem o secretário geral Cristian Malaspina e o diretor geral Gustavo Lorenzo - fizeram uma declaração pública sobre a acusação.
Há alguns dias, no entanto, a AFA divulgou uma declaração - captada pela mesma mídia - na qual garantiu que "não recebe um único peso do Estado" e apoiou a gestão de Tapia da instituição desde sua chegada em 2017, período em que a seleção argentina venceu a Copa do Mundo de 2022 no Catar e a Copa América em 2021 e 2024.
A acusação representa a primeira acusação formal contra Tapia e Toviggino em uma série de processos judiciais abertos nos últimos meses em relação aos bens de altos funcionários da AFA e à gestão financeira da Associação. Várias dessas investigações foram promovidas no contexto do confronto político entre o governo do presidente Javier Milei e a alta administração do futebol argentino.
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