MADRID 4 jul. (EUROPA PRESS) -
A presidente do Peru, Dina Boluarte, promulgou a polêmica reforma que dobra seu salário, oficializada na sexta-feira em meio a críticas de uma oposição que busca formas de tentar impedir as mudanças promovidas pelo governo no Congresso.
O Conselho de Ministros aprovou as mudanças na quarta-feira, propondo que a pessoa encarregada da Presidência não recebesse 15.600 soles (cerca de 3.700 euros), mas 35.500 soles (8.500 euros), e o decreto foi oficializado na sexta-feira, já publicado com a assinatura de Boluarte.
O primeiro-ministro, Eduardo Arana, argumentou que foi a Autoridade Nacional do Serviço Público (Servir) que propôs o aumento salarial, como parte de uma análise de "iniquidades e irregularidades" no sistema de salários públicos. Ele acrescentou que, com base nesse relatório, concluiu-se que a presidente "não poderia continuar a receber um salário que não fosse condizente com sua hierarquia", informa a estação de rádio RPP.
No entanto, o presidente da Servir, Guillermo Valdivieso, esclareceu em uma entrevista ao Canal N que sua agência não teve nada a ver com a revisão do salário de Boluarte, já que a competência em relação ao chefe de Estado é "exclusivamente" do Ministério da Economia e Finanças.
Na sexta-feira, o comitê de supervisão do Congresso aprovou por unanimidade uma proposta para que o presidente do parlamento, Eduardo Salhuana, convoque Boluarte ao plenário para responder pela controvérsia, enquanto pelo menos duas iniciativas foram apresentadas no legislativo com o objetivo de reverter a reforma.
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