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Castro disse que denunciará essas ações, que ele descreve como um "golpe eleitoral", perante a ONU, a UE e outros órgãos internacionais.
MADRID, 9 dez. (EUROPA PRESS) -
A presidente cessante de Honduras, Xiomara Castro, condenou nesta terça-feira a interferência do inquilino da Casa Branca, Donald Trump, nas disputadas eleições presidenciais no país latino-americano, marcadas por repetidos problemas com as cédulas de votação e as declarações do magnata nova-iorquino.
"Daqui, desta casa de justiça, eu condeno a interferência do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. (...) Ele violou o princípio mais sagrado de nossa Constituição: a soberania reside no povo, exclusivamente no povo hondurenho", declarou o presidente.
Castro lembrou que Trump - que pediu voto para o candidato do conservador Partido Nacional, Nasry Asfura - "ameaçou" o povo hondurenho com consequências se votasse em "um candidato corajoso e patriótico do Partido Libre, Rixi Moncada".
Nesse sentido, ela denunciou que "o povo, nessas eleições, foi submetido a coerção, chantagem, extorsão, trapaça, fraude, manipulação do (Sistema de Transmissão de Resultados Eleitorais Preliminares) TREP". "Essas ameaças constituem um ataque direto à vontade do povo", enfatizou.
Ele disse que denunciaria essas ações, que descreveu como um "golpe eleitoral", perante a ONU, a UE e outros órgãos internacionais, uma vez que seu governo "forneceu todas as garantias" para um processo eleitoral "livre e transparente" e que o "povo compareceu e participou de forma corajosa e decisiva nas urnas".
Na verdade, Castro criticou o fato de Washington ter perdoado e libertado durante o processo eleitoral - "por interesses políticos" - o ex-presidente hondurenho Juan Orlando Hernández (2014-2022), condenado nos Estados Unidos a 45 anos de prisão por tráfico de drogas. "Sua sentença pode ser perdoada, mas seus crimes e crimes contra o povo não serão esquecidos", concluiu.
Mais de uma semana após a eleição, a contagem de votos, que ainda não foi finalizada, mostra Asfura como o candidato mais votado, com 40,53% dos votos, contra Salvador Nasralla, que tem 39,1% dos votos. O candidato pró-governo está bem atrás, com 19,30% dos votos. Enquanto a contagem continua, Nasralla denunciou "roubo" e "fraude".
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