MADRID 3 jul. (EUROPA PRESS) -
O presidente da Costa Rica, Rodrigo Chaves, qualificou na quarta-feira de "absurda" a acusação contra ele por suposta corrupção na contratação de consultorias com dinheiro do Banco Centro-Americano de Integração Econômica (BCIE), assunto sobre o qual o Parlamento deverá decidir, a pedido da Suprema Corte, se lhe tira a imunidade.
"Era apenas uma questão de tempo até que o Tribunal Pleno, vestido com a toga da institucionalidade, fizesse o jogo político mais barato, enviando o carvão quente da acusação absurda que Carlo Díaz fez à Assembleia Legislativa para que minha imunidade fosse levantada", declarou, em alusão ao procurador-geral.
O presidente costarriquenho garantiu que os 15 juízes da Suprema Corte que aprovaram no dia anterior o pedido de levantamento da imunidade à Assembleia Legislativa "enterraram ainda mais a credibilidade" do Judiciário, em uma entrevista coletiva na qual, por outro lado, expressou sua "admiração" pelos sete magistrados restantes que votaram contra a medida.
"Nem o tribunal nem o promotor estão buscando justiça. O que eles estão procurando é arrancar um prego que eu tenho muito orgulho de ter martelado, que é o fato de que este governo expôs as estruturas de grandes privilégios de grupos poderosos em conluio com a liderança do judiciário", disse ele, depois de descrever as acusações como um "romance", com "um castelo, bruxas, traições e até mesmo um bufão".
O tribunal pleno solicitou a retirada da imunidade de Chaves para que ele possa enfrentar acusações sobre um contrato de mais de US$ 400.000 (mais de 339.500 euros) financiado pelo BCIE.
O tribunal também solicitou que a mesma medida fosse tomada contra o ministro da Cultura, Jorge Rodríguez Vives, acusado das mesmas acusações, já que ele era chefe do gabinete do presidente na época do contrato supostamente suspeito.
De acordo com o jornal costarriquenho La Nación, a acusação indica que o presidente pediu a um empresário que pagasse 32 mil dólares (cerca de 27.160 euros) em troca de um contrato com a presidência, enquanto a promotoria afirma que o contrato foi feito sob medida para que a empresa mencionada ganhasse o contrato com o BCIE.
Assim, Chaves é suspeito do crime de extorsão na contratação da empresa RMC La Productora S.A. para prestar serviços à Presidência durante o período entre 2022 e 2026, devido a supostas irregularidades durante o processo de adjudicação do contrato.
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