MADRID 20 nov. (EUROPA PRESS) -
O presidente da Bolívia, Rodrigo Paz, anunciou nesta quinta-feira a eliminação do Ministério da Justiça, depois das tensões geradas com seu "número dois" pela nomeação da pessoa que dirigiria essa pasta, que foi cercada de controvérsias.
"Acabou o ministério da perseguição, acabou o ministério da injustiça, (...) acabou o ministério que se dedicava a chantagear a sociedade do poder político (...) Não haverá mais perseguição política. O Ministério da Justiça está morto e vamos enterrá-lo bem para que o terrorismo de Estado não volte a perseguir os bolivianos", disse ele.
Paz disse em uma coletiva de imprensa que "essa medida está sendo tomada para dar ao sistema judiciário garantias de suas reformas" e para "trabalhar em conjunto com todas as instituições do país em termos de justiça", enfatizando que "se não há justiça na Bolívia, não há democracia" e que "se a justiça é ruim, a democracia é ruim".
Ele fez o anúncio acompanhado por Jorge Franz García, que condicionou o cargo nessa pasta à eliminação do próprio Ministério da Justiça, que foi um dos compromissos assumidos por Paz durante a campanha eleitoral.
No entanto, sua mudança também vem na esteira das tensões entre o presidente e seu vice-presidente, Edmand Lara. Em menos de duas semanas, o governo teve dois ministros, um leal a Lara e o outro de confiança de Paz, mas ambos foram alvo de acusações judiciais.
Freddy Vidovic assumiu inicialmente o cargo, mas foi removido onze dias depois, quando se tornou público que ele havia sido condenado a três anos de prisão por um caso que remontava a 2015 e estava relacionado ao seu trabalho como advogado.
Depois disso, Paz nomeou Jorge Franz García, mas o vice-presidente do país reclamou que ele tem uma "série de processos" que incluem crimes graves. García, que disse ter sido difamado por Lara, anunciou que tomaria providências.
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