MADRID 21 nov. (EUROPA PRESS) -
O presidente da Bolívia, Rodrigo Paz, ordenou na quinta-feira a formação de uma comissão de investigação sobre casos de corrupção no setor de hidrocarbonetos que causaram a alarmante escassez de combustível que o país está enfrentando e que se tornou o principal tema de conversa durante a última campanha eleitoral.
"Decidi criar a Comissão da Verdade dos Hidrocarbonetos, composta por todas as forças, representantes, instituições e o sistema judiciário. Essa comissão terá um mandato claro: a verdade, para denunciar os responsáveis e levá-los à justiça, quem quer que caia", disse ele em um discurso à nação transmitido pela TV estatal Bolívia.
O presidente justificou sua decisão porque, nos doze dias em que está no comando do país, ele encontrou "fatos extremamente graves" em administrações passadas, que ele acusou de cometer "corrupção, desvio e roubo no setor específico de hidrocarbonetos".
Ele rejeitou a ideia de que se tratava de "algumas maçãs podres" e, em vez disso, apontou para "um sistema de corrupção que foi infamemente criado". Ele disse que foi um "ataque direto ao coração do povo, aos mais humildes, um golpe na dignidade nacional".
"Um grupo de miseráveis tinha uma estrutura paralela de roubo de combustível (...) Eles encheram a boca para falar de uma suposta nacionalização, mas encheram os bolsos, porque é isso que a corrupção faz: enche os bolsos de alguns, de alguns ladrões, e deixa vazios os bolsos de milhares e milhares de famílias bolivianas", advertiu.
Nesse sentido, ele afirmou que "eles nos deixaram um esgoto maldito e vamos expô-lo ao país para descobrir a verdade", assegurando que "nesta nova Bolívia não haverá impunidade" e que "aqui eles têm um governo que os defende".
"Os corruptos irão para a cadeia, vamos trabalhar para que ninguém mais tome o que pertence aos bolivianos", prometeu, embora tenha advertido que não seria "fácil".
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