MADRID 24 nov. (EUROPA PRESS) -
A presidência da Bolívia alimentou ainda mais a disputa com o vice-presidente Edman Lara na segunda-feira, criticando-o por passar metade dos quatorze dias desde que iniciou seu mandato viajando, bem como por se comunicar através da rede social TikTok. "Não é grave", disse a porta-voz Carla Faval.
"Dos quatorze dias de gestão, seis dias o vice-presidente esteve ausente. Teria sido importante para o vice-presidente permanecer no país em momentos críticos como os de Samaipata", disse o porta-voz do presidente, Rodrigo Paz, em referência às graves inundações que afetaram essa cidade, localizada no leste do país.
Faval disse que haverá uma reunião entre Paz e Lara quando este último retornar ao país. O vice-presidente passou os últimos dias em Assunção, capital do Paraguai, onde assistiu à final da Copa Sul-Americana, disse ele, a convite da Conmebol, a confederação de futebol da região.
Na semana passada, o vice-presidente viajou para a Conferência das Nações Unidas sobre o Clima no Brasil com sua esposa, Diana Romero, que, de acordo com Lara, está recebendo tratamento médico no país. "Ele teve alguns dias familiares bastante complicados e nós, como Executivo, respeitamos esse espaço", admitiu Faval.
"O presidente não abandonou o país, manteve-se firme e tomou decisões para estabilizá-lo", observou a porta-voz em uma entrevista coletiva, na qual também criticou a maneira de Lara se dirigir ao público por meio das redes sociais, uma fórmula que ele usou com sucesso durante a campanha eleitoral.
"O presidente Paz já disse em uma entrevista que não falamos pelo Tik Tok, não é sério se comunicar com o país pelo Tik Tok e essa é a posição que está sendo tomada", disse a porta-voz, de acordo com o jornal 'El Deber'.
As censuras da presidência na segunda-feira se somam a uma série de desentendimentos que os dois vêm tendo, mesmo antes de Rodrigo Paz assumir a faixa presidencial há duas semanas, a última das quais foi a demissão de Freddy Vidovic, aposta de Lara, como Ministro da Justiça.
Paz ordenou a saída de Vidovic depois que foi divulgada uma sentença de três anos de prisão suspensa em um caso que remonta a 2015 e está relacionado à fuga do empresário peruano Martín Belaúnde, para quem ele trabalhou como advogado quando estava em prisão domiciliar em La Paz enquanto aguardava extradição para seu país.
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