Ele apoia o "bilinguismo cordial" que Feijóo defendeu após a "abordagem" de Ayuso a Pradales e Illa na Conferência de Presidentes.
MADRID, 15 jun. (EUROPA PRESS) -
O Partido Popular propõe em seu documento político reservar o uso do catalão, basco e galego para o Senado e defende "um bilinguismo cordial que busca uma coexistência equilibrada entre as línguas co-oficiais nos diferentes territórios".
"Asseguraremos o uso da língua comum no Congresso dos Deputados e manteremos a possibilidade de usar línguas co-oficiais no Senado", afirma o texto do documento político - ao qual a Europa Press teve acesso - que o PP debaterá no âmbito do XXI Congresso Nacional Extraordinário a ser realizado nos dias 4, 5 e 6 de julho em Madri.
Atualmente, o uso dos idiomas co-oficiais no Senado está limitado aos debates de moções no Plenário, à Comissão Geral das Comunidades Autônomas e à apresentação de alguns textos escritos. O Congresso, no entanto, começou nesta legislatura a usar os idiomas co-oficiais em todos os debates parlamentares, inclusive nas sessões de controle do governo e em textos registrados.
Nesta mesma semana, a maioria absoluta do PP no Senado anulou a iniciativa conjunta do ERC, EH Bildu, PNV, Junts, BNG e senadores do grupo Izquierda Confederal para tentar estender o uso dos idiomas co-oficiais em todos os debates e textos na Câmara Alta, como já acontece no Congresso.
O PP APRESENTA SEU DOCUMENTO DE POLÍTICA NA TERÇA-FEIRA EM SEVILHA
Em seu documento, o PP defende um "bilinguismo cordial que busca uma coexistência equilibrada entre os idiomas co-oficiais nos diferentes territórios". "A diversidade das línguas da Espanha é uma manifestação de nossa riqueza cultural que devemos preservar e promover", acrescenta o texto, ao qual a Europa Press teve acesso.
Por esse motivo, o PP se compromete a garantir o uso do idioma comum no Congresso e a manter a possibilidade de usar idiomas co-oficiais no Senado. Em sua opinião, "o idioma não pode ser um obstáculo, mas um mérito para o acesso ao serviço público".
Esse documento político, com o qual os "populares" buscam um rearmamento ideológico para enfrentar as próximas eleições, foi redigido pelo presidente da Junta de Andaluzia, Juanma Moreno, pelo presidente de Castilla y León, Alfonso Fernández Mañueco, pela deputada Alma Ezcurra e pela prefeita de Zaragoza, Natalia Chueca.
Espera-se que seja apresentado publicamente pelos relatores na próxima terça-feira em Sevilha, de acordo com fontes do partido "Popular". A partir de 18 de junho, será aberto um período de uma semana para que os membros apresentem emendas.
POLÊMICA NA CONFERÊNCIA DE PRESIDENTES
O uso das línguas co-oficiais foi o centro das atenções da mídia na Conferência de Presidentes realizada há uma semana em Barcelona, após o "plante" da presidente de Madri, Isabel Díaz Ayuso, aos presidentes do País Basco e da Catalunha, Imanol Pradales e Salvador Illa, pelo uso do basco e do catalão.
No dia anterior, Ayuso já havia demonstrado sua relutância em usar um fone de ouvido, ameaçando deixar o órgão multilateral se o espanhol não fosse falado, depois que o governo anunciou que, pela primeira vez nesse fórum, permitiria o uso de idiomas co-oficiais com a ajuda de tradutores.
Diante da controvérsia criada após a saída de Ayuso da Conferência de Presidentes por causa do uso do basco e do catalão, Feijóo defendeu o fato de que os idiomas são "uma riqueza", uma riqueza que "deve ser preservada e nunca confrontada" e, depois de aludir aos idiomas falados na Galícia a partir de uma posição de "cordialidade linguística", ele defendeu o "bilinguismo harmonioso".
"Não preciso explicar aos galegos se falo galego ou não. Os galegos conhecem perfeitamente a língua e os idiomas que falamos na Galícia a partir da cordialidade linguística", disse o presidente do 'popular'.
Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático