Aitor Esteban pede um debate nacional sobre a questão e supõe que o plano do governo e da UE precisa ser "mais bem definido".
MADRID, 13 mar. (EUROPA PRESS) -
O porta-voz do PNV no Congresso, Aitor Esteban, expressou seu apoio ao aumento dos gastos com segurança e defesa planejados pela União Europeia, mas acredita que ele deve ser acompanhado por investimentos no tecido industrial. Apesar de assumir que o plano do Executivo de Pedro Sánchez e da UE precisa ser "mais definido", ele acredita que essa questão requer um debate em nível nacional no Congresso.
Em uma conferência de imprensa em Moncloa, após sua reunião com o chefe do executivo no Palácio de Moncloa, Esteban deixou claro que seu partido político compartilha a ideia de que a Europa deve enfrentar a "indefensabilidade" e o "novo paradigma" internacional com o retorno de Donald Trump à Casa Branca e as mudanças geoestratégicas que ele está realizando a partir de seu executivo em nível geoestratégico.
"Se a UE quer ser relevante e ter uma posição autônoma, é claro que tem que se reposicionar e se fortalecer, dispensando os Estados Unidos", enfatizou, embora não acredite que isso tenha que ser feito "abruptamente", embora tenha dito que "deveria ter sido feito há algum tempo".
Para tanto, o líder basco defende o desenvolvimento de um "sistema próprio" que atenda não apenas ao nível militar, mas também ao civil, por exemplo, "investindo na indústria" tanto em nível europeu quanto nacional em cada um dos Estados membros.
É PRECISO HAVER DEBATE
Agora, sobre a possibilidade de o governo lidar com os gastos com defesa sem passar pelo Congresso, Esteban disse que é a favor de que haja um "grande debate" sobre essa questão em nível nacional e, de fato, ele gostaria que esse debate tivesse ocorrido antes do Conselho Europeu que Sánchez agendou para a próxima semana, mas ele supõe que isso não seja possível.
"Haverá algumas coisas que certamente poderão ser feitas com ajustes orçamentários, outras coisas terão de ser levadas (ao Congresso), não sei", reconheceu.
Questionado sobre as declarações de outros grupos parlamentares, como as do líder do PP, Alberto Núñez Feijóo, criticando Sánchez por não ter um plano, ou as do porta-voz da ERC, Gabriel Rufián, o porta-voz do PNV defendeu o fato de que o que existe atualmente são "ideias" porque não há um plano em nível europeu e, portanto, "não se pode avançar sem saber quais serão os instrumentos projetados pela Europa".
Por isso, ele acredita que o que é necessário é "um pouco mais de tempo" para discutir essa questão em profundidade, já que defender um plano individual nos Estados-Membros "estaria fadado ao fracasso". "Isso precisa ser mais bem definido e, então, as decisões relevantes terão de ser tomadas nas instituições de cada país", disse ele.
SEM ABRIR MÃO DOS GASTOS SOCIAIS
Por fim, com relação aos gastos sociais, Aitor Esteban expressou sua oposição à ideia de que o aumento nos gastos com defesa deve ser acompanhado de uma redução nos investimentos sociais.
Por esse motivo, ele acredita que atualmente é necessário "fazer muita lição de casa sobre o orçamento espanhol" para poder se aprofundar nessa questão, pois, como ele explicou mais tarde, o aumento dos gastos militares "realmente ocorreu nos últimos tempos", mas o crescimento do PIB "faz com que as porcentagens pareçam que isso não aconteceu".
Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático