Publicado 07/05/2025 08:17

O plano de Israel de entregar ajuda a Gaza "contradiz os princípios humanitários", denuncia a UE

4 de maio de 2025, Nusairat, Faixa de Gaza, Território Palestino: Palestinos esperam em longas filas para receber potes de comida distribuídos por organizações de caridade, no campo de Nuseirat, no centro de Gaza, em 05 de maio de 2025. A crise alimentar
Europa Press/Contacto/Moiz Salhi

MADRID 7 maio (EUROPA PRESS) -

A União Europeia denunciou nesta quarta-feira que o plano de Israel de entregar ajuda à Faixa de Gaza "contradiz os princípios humanitários" e pediu "que não se politize ou militarize este processo". "O direito humanitário internacional proíbe o uso de ajuda como arma de guerra", afirmou.

Em uma declaração, Bruxelas expressou sua "preocupação" com o novo plano de distribuição de ajuda de Israel, que envolve a transferência da responsabilidade pela distribuição de ajuda para "agentes internacionais não humanitários e empreiteiros de segurança privada".

"A ajuda humanitária nunca deve ser politizada ou militarizada. O direito humanitário internacional proíbe o uso da ajuda como arma de guerra. A ajuda deve chegar aos civis necessitados", pediu a UE, conclamando Israel a agir de acordo com as propostas da ONU.

A UE pediu que Israel suspendesse imediatamente o bloqueio ao território palestino e permitisse a entrega de "toneladas de ajuda" que estão sendo aguardadas há dois meses - "o fechamento mais longo que a Faixa já sofreu". No mínimo, "a situação nutricional poderia melhorar", diz a nota.

"Os trabalhadores humanitários continuam a alertar que a fome está se espalhando e piorando no enclave", diz a declaração, assinada pela chefe de relações exteriores da UE, Kaja Kallas, pela comissária do Mediterrâneo, Dubravka Suica, e pela comissária de gerenciamento de crises, Hadja Lahbib.

No domingo, vários escritórios da ONU e ONGs que trabalham em Gaza rejeitaram um plano apresentado por Israel e pelos EUA, que visa a fechar os sistemas de distribuição de ajuda administrados pela ONU e seus parceiros e que dependem das autoridades e do exército israelenses.

O plano israelense prevê a construção de instalações administradas por uma fundação internacional com financiamento de países e organizações filantrópicas. A população poderá se dirigir a esses centros uma vez por semana para receber um pacote de ajuda humanitária por família, com produtos suficientes para sete dias.

Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático

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