Europa Press/Contacto/Li Zijian - Arquivo
MADRID, 28 nov. (EUROPA PRESS) -
O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, defendeu na quinta-feira que "não há um único peso do narcotráfico" em sua campanha, depois que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) sancionou os responsáveis por sua campanha em 2022 por exceder os limites de financiamento em cerca de 5.300 milhões de pesos (1,2 milhão de euros) durante o primeiro e o segundo turno.
"Não há um único peso de tráfico de drogas em minha campanha. Três anos de investigação da oposição, maioria no CNE, e não encontraram um só peso", defendeu-se o presidente colombiano em uma publicação na rede social X.
Na mesma mensagem, ele denunciou um "padrão duplo" por parte da oposição, alegando que eles "controlam o Conselho" e aludindo em particular ao magistrado Majer Nayi Abushihab, embora sem nomeá-lo.
"O juiz é advogado do 'Fico' (hipocorístico do prefeito conservador de Medellín, Federico Gutiérrez) e já havia nos processado", denunciou, alegando que "ele pertence a um grupo de pessoas questionáveis", como o promotor e ex-advogado do ex-presidente Álvaro Uribe, Daniel Hernández, ou o ex-procurador-geral Néstor Humberto Martínez.
Abushihab "foi quem multou a campanha e digo claramente que ele o fez de forma extemporânea e tendenciosa", disse ele sobre Gutiérrez. Dessa forma, Petro insistiu que "é a oposição" que estabelece a sanção. "Não aceitamos essa decisão administrativa", anunciou ele.
Essa é a primeira vez que a mais alta autoridade eleitoral da Colômbia emite uma sanção desse tipo contra uma campanha presidencial. A multa foi imposta ao ex-gerente Ricardo Roa, atual diretor da estatal Ecopetrol, bem como à tesoureira Lucy Aidee Mogollón e à auditora María Lucy Soto.
Os partidos políticos Colombia Humana e Unión Patriótica, duas das forças que formaram a grande coalizão conhecida como Pacto Histórico, com a qual Petro chegou à Casa de Nariño, também foram sancionados.
Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático