MADRID 20 nov. (EUROPA PRESS) -
O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, pediu desculpas na quarta-feira às mães de crianças recrutadas por dissidentes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) e mortas em bombardeios realizados contra grupos armados pelo exército colombiano nos departamentos de Arauca, Amazonas e Guaviare, após os quais sete crianças foram mortas no último.
"Não queremos ser comparados e designados como se tivéssemos violado o direito internacional humanitário", disse o presidente colombiano, que defendeu o fato de que o ataque em Guaviare tinha como objetivo "defender soldados que estavam a 285 metros de uma força seis ou sete vezes maior" e que, "infelizmente, crianças combatentes morreram".
Ele disse que isso "não me impede de pedir desculpas às mães que veem seus filhos morrerem em combate, tanto no campo dos adultos quanto no campo dos menores, o que é pior porque se perdem vidas que poderiam ter sido muito benéficas para a sociedade colombiana".
Entretanto, após o pedido de desculpas, o presidente argumentou que não se tratava de "crianças que estavam passando, ou crianças que estavam em uma vila ou cidade e foram bombardeadas". "Estamos falando de crianças menores de idade que foram incorporadas" a grupos armados, argumentou ele, ressaltando que elas foram treinadas e armadas.
Nesse sentido, ele afirmou que a dissidência liderada pelo codinome 'Iván Mordisco', que "atua em Cauca com crueldade contra a população", recrutou "240 menores de idade das comunidades cabildas e indígenas".
"Não queríamos destruir crianças combatentes", assegurou, afirmando que elas são vítimas e que "nas 1.400 batalhas que ocorreram" foram tratadas de acordo com o Direito Internacional Humanitário. "Eles se tornam prisioneiros de guerra e são liberados (...) para instituições que podem educá-los, que podem cuidar deles, para suas famílias, se possível, e para as comunidades, no caso de crianças indígenas", explicou.
Dessa forma, Petro voltou a se desculpar e a dar explicações sobre esses fatos, depois de ter feito o mesmo no domingo, quando se declarou "responsável como comandante" da operação, o que levou à abertura de uma investigação pelo Ministério Público. Por sua vez, o Instituto de Medicina Legal calculou em 15 o número de menores que morreram desde agosto nessas operações ordenadas pelo Executivo.
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