MADRID, 2 nov. (EUROPA PRESS) -
O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, lamentou no domingo a divisão e o "silêncio" que prevalecem em alguns países latino-americanos contra os ataques dos Estados Unidos aos traficantes de drogas, que as Nações Unidas condenaram como uma violação dos direitos humanos.
"Quando um míssil é usado contra um barco com pessoas desarmadas, o que está sendo cometido é uma execução extrajudicial, como disse a ONU", lamentou Petro em declarações ao canal pan-árabe Al Jazira.
Petro aproveitou a oportunidade para lamentar a falta de consenso entre os países da região para denunciar em uníssono os ataques que os Estados Unidos defendem como uma ferramenta legítima na luta contra as drogas, depois de acusar a Colômbia e a Venezuela de ficarem de braços cruzados e permitirem a expansão da indústria de narcóticos.
Em vista dos "setenta assassinatos", como ele denunciou, cometidos até agora pelo exército norte-americano, Petro lamentou "um silêncio na América Latina", que ele interpretou como uma "fraqueza" e uma expressão de "falta de unidade" que "está dando poder aos genocidas".
As Nações Unidas também denunciaram o fato de que "não há justificativa legal" para a realização desses bombardeios e alertaram que - com base nas "pouquíssimas informações" fornecidas pelas autoridades dos EUA - "nenhum dos indivíduos nos navios atacados (até o momento) representava uma ameaça iminente".
Por isso, a organização solicitou uma investigação "imediata, independente e transparente" de cada ataque, inclusive com o objetivo de processar e condenar aqueles que violaram a lei.
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