Publicado 16/11/2025 06:53

Petro defende o bombardeio antidissidente que matou seis "crianças-soldados" em Guaviare

Archivo - Arquivo - 16 de setembro de 2025, Bogotá, Valle Del Cauca, Colômbia: Militares colombianos realizam vários pontos de controle em meio a vários ataques supostamente perpetrados por grupos dissidentes das FARC-EP no Valle del Cauca, Colômbia, em 1
Europa Press/Contacto/Sebastian Marmolejo

O presidente colombiano argumenta que não havia outra opção a não ser salvar o pessoal militar ameaçado pela coluna do vulgo "Ivan Mordisco".

MADRI, 16 nov. (EUROPA PRESS) - O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, apresentou uma causa de força maior para justificar o bombardeio desta semana no norte do país contra os dissidentes das FARC, que matou seis menores posteriormente identificados como "crianças-soldados" pela Defensoria Pública da Colômbia.

"Não é um crime de guerra, porque se não fosse feito, 150 homens bem armados poderiam ter matado 20 soldados que estavam na frente", disse Petro em comentários publicados em sua conta na rede social X.

Em sua declaração no sábado, a Defensoria Pública confirmou "a morte de seis crianças e adolescentes vítimas de recrutamento forçado, bem como a recuperação de quatro corpos ainda não identificados", no que descreveu como "um evento profundamente lamentável", antes de lembrar que o direito internacional humanitário estabelece limites estritos mesmo no contexto de hostilidades.

"O simples fato de que grupos armados ilegais estejam nos campos e tenham perdido seu status civil e se tornado combatentes, ou seja, com funções de combate contínuas, não permite a possibilidade de um ataque", lamenta a Defensoria.

No entanto, ela também atribui a responsabilidade final pela morte de menores aos grupos armados que os recrutam, nesse caso os dissidentes sob o comando do codinome 'Iván Mordisco'.

Petro acusou os dissidentes de codinome "Iván Mordisco" pelo que aconteceu e culpou seu antecessor, Iván Duque, por ter permitido que esses grupos se fortalecessem durante seu mandato, aproveitando-se do "processo de ruptura da paz".

"Nas 12 ações de bombardeio que ordenei em meu governo, pedi o máximo de inteligência para evitar a morte de menores e fiz isso com base na neutralização dos comandantes dos grupos de drogas. Minha oferta de paz buscou, acima de tudo, libertar os menores da guerra. Por vários motivos, libertamos 2.411 crianças", lembrou o presidente.

No entanto, "nas selvas de Guaviare, longe de qualquer área povoada e com pouca inteligência", o presidente argumentou que "tinha que preservar, acima de tudo, as vidas dos soldados expostos a uma ação ofensiva letal".

"Na selva, não tínhamos outra maneira de defender a vida dos soldados, e eu pessoalmente tomei a decisão", disse ele.

Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático

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