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MADRID 12 dez. (EUROPA PRESS) -
O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, criticou na quinta-feira a aparente falta de comunicação entre os presidentes latino-americanos diante do que ele denunciou como uma "invasão" dos Estados Unidos, depois que os EUA apreenderam um petroleiro na costa da Venezuela no dia anterior e no contexto das crescentes hostilidades de Washington.
"Nenhum presidente latino-americano telefonou para outro presidente latino-americano para perguntar o que fazer em relação ao fato de estarmos sendo invadidos, porque não há águas internacionais no Caribe", disse ele em uma aparição pública.
O líder colombiano destacou que "o Caribe está cheio de povos do Caribe e de suas formas políticas de organização e economia", antes de reiterar que "não há águas internacionais no Caribe". "Portanto, ou os mísseis caem ou saem de águas que não pertencem aos proprietários dos mísseis", argumentou.
Petro assegurou que a apreensão do petroleiro por Washington ao largo da Venezuela demonstra que o motivo da campanha dos EUA contra o governo de Nicolás Maduro "é petróleo, petróleo e petróleo", embora tenha advertido que o petróleo "está prestes a morrer" como recurso, razão pela qual argumentou que "temos que considerar outro tipo de desenvolvimento" e apelou para a cooperação dos países do continente.
"Não podemos ter o mesmo poder militar, não podemos ter o mesmo poder financeiro. Mas podemos ter outros poderes. Isso começa a ser um só. Para nos unirmos", afirmou.
Os comentários de Petro foram feitos depois que os EUA apreenderam um navio petroleiro na costa da Venezuela, o que levou Caracas a apresentar uma queixa à Organização Marítima Internacional (IMO). O presidente Donald Trump, que justifica hostilidades e ataques a navios nas águas do Caribe como parte de uma operação contra o tráfico de drogas, ameaçou Petro de ser o "próximo".
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