MADRID 18 nov. (EUROPA PRESS) -
O ministro das Relações Exteriores do Peru, Hugo de Zela, informou que decidiu "adiar" a decisão sobre a concessão ou não de salvo-conduto para a ex-primeira-ministra Betssy Chávez - processada por rebelião no autogolpe do ex-presidente Pedro Castillo em 2022 - sob asilo político na Embaixada do México em Lima.
De Zela explicou que eles decidiram esperar para tomar uma decisão até que tenham consultado outros países da região, principalmente da Organização dos Estados Americanos (OEA), sobre a Convenção de Caracas de 1954, na qual Chávez e a exigência das autoridades mexicanas se baseiam.
"No início de dezembro estarei em Washington para fazer essa proposta especificamente e pediríamos que ela fosse tratada com a urgência que o caso exige", disse o ministro das Relações Exteriores em uma entrevista à CNN, na qual ele disse estar confiante de que haveria "boa receptividade" na OEA para tratar desse assunto.
Há alguns dias, as autoridades peruanas anunciaram que consultariam os países da OEA, pois consideram que, nos últimos anos, o direito de asilo foi "distorcido", já que, em sua opinião, está sendo concedido "àqueles que não estão sofrendo perseguição em Estados democráticos".
Na opinião do Peru, a convenção "foi mal utilizada", pois classifica meros crimes comuns como casos de perseguição política e "em nenhum caso deve ser usada para evitar a aplicação das leis nacionais".
No início de novembro, o Peru decidiu romper relações diplomáticas com o México depois de "tomar conhecimento de surpresa" de que Chávez havia se refugiado na embaixada mexicana em Lima, citando "repetidas ocasiões" em que as autoridades mexicanas supostamente intervieram nos assuntos internos do Peru, em referência às suas críticas à prisão de Castillo em dezembro de 2022.
Como parte de um acordo entre o governo do então presidente mexicano Andrés Manuel López Obrador e as antigas autoridades peruanas, foi concedido asilo político à família de Castillo, que atualmente está sendo julgado por rebelião.
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