MADRID 3 jul. (EUROPA PRESS) -
O Departamento de Defesa dos Estados Unidos enquadrou a suspensão das entregas de armas à Ucrânia como parte de uma "revisão de capacidades" para evitar déficits no arsenal disponível para Washington ou outros aliados, embora o governo de Donald Trump insista em seu compromisso com a segurança ucraniana.
O porta-voz do Pentágono, Sean Parnell, que lembrou os 66 bilhões de dólares (cerca de 56 bilhões de euros) comprometidos com a Ucrânia desde o início de 2022, justificou a revisão para garantir que qualquer possível ajuda respeite as "prioridades de defesa" dos Estados Unidos.
Em sua opinião, trata-se de "uma medida pragmática e de bom senso", que envolve "avaliar quais munições (os Estados Unidos) estão enviando e para onde", embora ele tenha descartado entrar em detalhes sobre os pacotes que poderiam ser afetados no caso ucraniano. De acordo com relatos da mídia, a ajuda em espera inclui mísseis e projéteis de defesa aérea.
Durante essa revisão, as forças armadas dos EUA continuarão a ter capacidade operacional total, de acordo com Parnell, que quis ser "muito claro" sobre esse ponto. "Nosso exército tem tudo o que precisa para cumprir sua missão, em qualquer lugar, a qualquer momento", acrescentou, citando como exemplo os recentes bombardeios contra o Irã.
O Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia convocou na quarta-feira o encarregado de negócios da embaixada dos EUA, John Ginkel, para advertir que qualquer possível atraso ou cancelamento do envio de armas serviria apenas para "incentivar o agressor", neste caso a Rússia, "a continuar a guerra e o terrorismo", enquanto o Ministério da Defesa anunciou que tentaria entrar em contato com o Pentágono para esclarecer as últimas informações.
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