MADRID 13 dez. (EUROPA PRESS) -
Pelo menos 32 militares foram mortos e 45 ficaram feridos em um ataque das forças militares do Conselho de Transição do Sul, uma facção secessionista apoiada pelos Emirados Árabes Unidos que aspira à criação do Estado da Arábia do Sul.
O Estado-Maior das Forças Armadas do Iêmen do governo reconhecido internacionalmente relatou a morte desses "mártires heróicos" no vale, deserto e planalto da província de Hadramut e atribui os ataques a "grupos ligados ao Conselho de Transição do Sul".
O ataque às posições militares começou em 2 de dezembro e continuou no dia seguinte com uma ofensiva contra a Aliança Tribal de Hadramut, na qual os separatistas tomaram vários campos de petróleo.
Além disso, o exército adverte que "vários oficiais e militares ainda estão desaparecidos". "Esses grupos armados exterminaram os feridos e executaram os prisioneiros em flagrante violação de todas as leis nacionais e internacionais", disse, de acordo com o portal oficial de notícias 26sepnews.
O exército denuncia uma tentativa de "desestabilizar a segurança e a paz na governadoria segura e estável de Hadramut, ameaçando a estabilidade das áreas libertadas a fim de impor uma política de fato consumado que prejudica o processo político e desrespeita os acordos nacionais".
Esses incidentes ocorrem após a chegada de uma delegação saudita em Hadramut para tentar diminuir as tensões na maior província do Iêmen em termos de área. A delegação saudita pediu que o Conselho de Transição do Sul se retirasse de Hadramut e da província vizinha de Mahra.
O Conselho de Transição do Sul controla grande parte do sul e do leste do país e rejeitou os pedidos de retirada dessas províncias. Ele também reiterou seu apelo por um "estado federal justo" que inclua todos os grupos populacionais. O Conselho também é apoiado pelas Forças de Elite de Hadramut, que controlam as cidades de Mukalla e Ash Shihr.
O governo iemenita reconhecido internacionalmente controla as províncias de Marib (nordeste) e Taiz (sudoeste), enquanto o norte e o centro do país estão nas mãos das milícias Houthi, aliadas do Irã.
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