NOVA YORK 20 nov. (DPA/EP) -
O governo alemão retirou, pela primeira vez, seu apoio à extensão do mandato da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Próximo (UNRWA) durante uma votação preliminar na quarta-feira na Assembleia Geral das Nações Unidas, que visa estender sua missão até 2029.
O representante alemão no órgão multilateral se absteve, juntamente com outros 15 países, em uma resolução que foi aprovada com 144 votos a favor e 11 contra, embora uma votação final esteja programada para ocorrer em dezembro para estender o mandato da agência, que expira em junho de 2026, por mais três anos.
De Berlim, o ministro das Relações Exteriores, Johann Wadephul, justificou essa posição, que ele disse ser o resultado de um consenso no governo de coalizão, porque ele espera "reformas coerentes e verificáveis na UNRWA" e "mudanças significativas" em seu trabalho antes de apoiar uma nova renovação de mandato. Em particular, o chefe da diplomacia alemã denunciou "alguns casos" de cooperação com grupos hostis a Israel.
"Nós levamos em conta as consequências e esperamos que essa mensagem seja compreendida e que as reformas necessárias sejam finalmente implementadas", disse ele, reconhecendo que cerca de seis milhões de pessoas na Cisjordânia e na Faixa de Gaza, mas também no Líbano, na Jordânia e na Síria, recebem assistência vital da UNRWA.
A agência enfrentou acusações do governo de Benjamin Netanyahu sobre supostos vínculos de dezenas de funcionários com o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), embora a Corte Internacional de Justiça (ICJ) tenha apontado, em meados de outubro, a falta de "evidências" para sustentar tais alegações.
Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático