MADRID 31 out. (EUROPA PRESS) -
O presidente eleito da Bolívia, Rodrigo Paz, disse que o combustível de que o país precisa, que está em meio a uma crise econômica e energética, está "garantido" durante sua viagem aos Estados Unidos, onde ele está "resolvendo a questão da logística" e onde ele teria negociado com o governo "para que o dólar chegue à Bolívia".
"Dos Estados Unidos, quero dar a vocês a boa notícia de que a questão do combustível está garantida", anunciou ele por meio de sua conta na rede social X, onde acrescentou que "a gasolina e o diesel já estão disponíveis". "Agora estamos resolvendo a questão da logística", disse ele, antes de afirmar que havia "negociado com o governo dos EUA, que tem um relacionamento com instituições multilaterais, para que o dólar possa chegar à Bolívia".
"Vou bater em todas as portas necessárias para que a Bolívia se saia bem", concluiu o presidente que, após sua vitória nas eleições presidenciais, já havia anunciado o início de contatos com os Estados Unidos e outros "países amigos como Brasil, Uruguai, Paraguai (e) Argentina" para tentar garantir o fornecimento de combustível.
Apenas dois dias antes, o presidente cessante, Luis Arce, promulgou a lei, promovida por deputados da oposição, que autoriza a importação gratuita de diesel e gasolina dentro de 90 dias, no contexto da falta de hidrocarbonetos que a Bolívia está enfrentando. No entanto, o próprio Arce advertiu a população de que "a importação livre e a comercialização absoluta estabelecidas nesta lei gerarão um preço mais alto para a venda de combustível do que aquele que é comercializado em postos de gasolina subsidiados".
O anúncio de Paz foi feito no contexto da intensa crise econômica e energética pela qual o país sul-americano está passando, marcada pela escassez de combustível e de moeda estrangeira, e que tem sido o centro da campanha eleitoral que deu ao político de direita a presidência da Bolívia.
O resultado dessa situação foram as longas filas nos postos de gasolina do país, que se somaram a uma queda acentuada no consumo diante de uma cesta de compras cada vez mais cara devido à inflação, que atingiu o setor de alimentos com aumentos de preços de até 30%.
Além disso, a escassez de dólares estimulou um mercado de câmbio paralelo que ampliou a diferença em relação à taxa de câmbio oficial, desvalorizando a moeda e corroendo ainda mais a capacidade econômica das famílias bolivianas.
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