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MADRID 11 dez. (EUROPA PRESS) -
O Congresso Nacional de Honduras se recusou a validar os resultados das eleições realizadas em 30 de novembro no país e denunciou um "golpe eleitoral em andamento" devido à "interferência externa", embora os resultados oficiais ainda não tenham sido publicados.
"Denunciamos a existência de um golpe eleitoral em andamento, materializado por meio de ações coordenadas que afetaram seriamente a integridade, a transparência e a legitimidade do processo eleitoral realizado no país", disse a Comissão Permanente do Congresso Nacional de Honduras em um comunicado.
Assim, mostrou sua "rejeição total" à interferência dos EUA no processo eleitoral depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, mostrou seu apoio ao candidato de extrema direita, Nasry Asfura, que está na liderança com menos de um ponto percentual à frente do candidato conservador, Santiago Nasralla, que denunciou a "fraude" eleitoral.
"Condenamos absolutamente a interferência do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que, por meio de declarações públicas feitas 72 horas antes das eleições, ameaçou e coagiu os cidadãos hondurenhos, alterando o livre exercício do sufrágio", afirma o texto.
O documento adverte que "o Congresso Nacional não validará um processo manchado por pressões internas de estruturas do crime organizado ligadas ao narcotráfico e gangues, como a salvadorenha MS-13", adverte, ao mesmo tempo em que ataca o Sistema de Transmissão Preliminar de Resultados Eleitorais (TREP).
"Não funcionou como estabelecido, o que coincide com os áudios apresentados como prova na denúncia atualmente em trâmite perante o Ministério Público", indicaram os deputados. "Um povo submetido a ameaças não vota livremente, de modo que as eleições realizadas nessas condições carecem de plena validade democrática e legal", afirmaram.
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