Publicado 05/11/2025 06:31

A OTAN denuncia a militarização russa e a crescente presença chinesa no Ártico

Archivo - Arquivo - O presidente do Comitê Militar da OTAN, almirante Giuseppe Cavo Dragone.
NATO/IMS - Arquivo

BRUXELAS 5 nov. (EUROPA PRESS) -

A OTAN denunciou nesta quarta-feira a militarização do Ártico pela Rússia com a implementação de novas infraestruturas, assim como a crescente presença da China, aliada de Moscou, em uma região que se tornou "uma nova fronteira" entre os blocos.

Em entrevista ao canal de televisão Al Arabiya, como parte de seu discurso no Diálogo de Manama, no Bahrein, o presidente do Comitê Militar da OTAN, o almirante italiano Giuseppe Cavo Dragone, reconheceu que o Ártico é a "nova fronteira" da OTAN e uma região na qual "muita coisa está acontecendo" e na qual a aliança militar visa preservar a segurança e a cooperação internacionais.

"Vemos uma presença russa crescente. A Rússia está construindo infraestrutura na Península de Kola. Submarinos russos, bem como aviões e bombardeiros russos, estão sobrevoando o Ártico", alertou Cavo Dragone, observando que a China está se posicionando como aliada da Rússia na região para aumentar sua presença no Ártico.

De acordo com ele, enquanto a Rússia traz sua "geografia e equipamentos", o objetivo da China é "tornar-se um aliado próximo".

Em contrapartida, o principal oficial militar da OTAN destacou que a missão da organização aliada é justamente preservar o Ártico como uma zona não militarizada e um espaço de "intercâmbio". "Queremos mantê-lo assim", disse ele.

Sete nações aliadas - Canadá, Dinamarca, Finlândia, Islândia, Noruega, Suécia e Estados Unidos - têm território na região do Ártico, e a própria OTAN aumentou sua presença na área nos últimos meses. No verão passado, o bloco militar realizou operações marítimas nas águas do Ártico, em um sinal do compromisso da aliança atlântica com uma região cada vez mais estratégica.

Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático

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