SEVILLA 10 abr. (EUROPA PRESS) -
O reitor da Universidade Pablo de Olavide (UPO) e presidente da Associação de Universidades Públicas da Andaluzia (AUPA), Francisco Oliva, disse na quinta-feira que "não se pode generalizar" com as universidades privadas, em referência às declarações do presidente do Governo da Espanha, Pedro Sánchez, nas quais ele descreveu esses campi privados como "chiringuitos". No entanto, Oliva alertou que no próximo ano acadêmico haverá uma "mudança das universidades privadas" para as públicas. "Haverá mais universidades privadas na Espanha do que públicas", disse ele, lembrando que atualmente há dez projetos que "estão prestes a ser lançados".
Em uma entrevista ao Canal Sur Radio, captada pela Europa Press, o presidente da AUPA enfatizou que "nem todas" as universidades privadas são "chiringuitos", mas advertiu que nos últimos anos "o número de universidades privadas aumentou exponencialmente". "Isso implica uma mudança de modelo, de sistema. Isso é inegável. Oliva lembrou que os reitores das universidades públicas "há muito tempo denunciam a necessidade de um controle de qualidade rigoroso sobre qualquer projeto de universidade privada, o que nós da Associação de Universidades Públicas da Andaluzia estamos convencidos de que não foi cumprido, especialmente nos últimos anos". "Não se trata de um problema de com quem competimos ou deixamos de competir; trata-se de um problema de estrita conformidade com os requisitos de qualidade, por um lado, e, em segundo lugar, de estratégia universitária".
Sobre esse ponto, ele destacou que a universidade europeia não é apenas educação, é também pesquisa e transferência. "É isso que estamos exigindo das universidades privadas. Nem mais, nem menos. Muitas delas o fazem, é claro, porque, insisto, este não é um confronto entre universidades públicas e privadas. É um confronto sobre quem atende aos requisitos de qualidade e quem não atende", disse ele.
Perguntado sobre o recente acordo assinado com o presidente da Junta de Andaluzia, Juanma Moreno, o reitor da UPO agradeceu o fato de as negociações terem ocorrido nos últimos três meses "com um tom muito bom" para chegar a "uma solução de princípio para muitos outros problemas que também temos pendentes", para os quais será criada uma mesa de negociação técnica permanente para resolver os vários problemas interpretativos que sempre, logicamente, geram um modelo de financiamento. Oliva expressou sua convicção de que a transferência específica dos 21 milhões de euros extras acordados "nos será feita em breve".
A voz dos reitores andaluzes descreveu os confrontos com a Junta como "desacordos interpretativos" diante de "um problema que tivemos nos últimos anos no sistema universitário andaluz e espanhol, que é o fato de o custo de vida ter crescido muito mais do que os próprios aumentos orçamentários". "Isso fez com que as universidades tivessem que fazer um esforço adicional muito importante, retendo a execução de certos créditos para incorrer no vermelho".
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