MADRID 11 nov. (EUROPA PRESS) -
O subsecretário de Estado dos EUA, Christopher Landau, tentou minimizar a credibilidade das acusações de um suposto plano para prender o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, que, segundo ele, "se apresenta como um novo (Simón) Bolívar".
"Como todos sabem, não se pode acreditar cegamente em tudo o que a mídia publica, com todo o respeito aos jornalistas", disse ele em declarações à imprensa divulgadas pela Radio Caracol, depois que a revista colombiana Cambio publicou uma fotografia mostrando Petro e seu colega venezuelano Nicolás Maduro, ambos vestidos com o uniforme laranja de prisioneiros nos Estados Unidos.
De acordo com a fotografia publicada, a imagem está em uma pasta azul em poder do vice-chefe de gabinete da Presidência dos EUA, James Blair, acompanhado dos senadores Lindsey Graham e Mike Lee e do diretor do Escritório de Assuntos Legislativos da Presidência, James Braid, o que levou o líder colombiano a acusar Washington de planejar uma estratégia para sancioná-lo e, eventualmente, prendê-lo, ligando-o ao tráfico de drogas.
Nesse sentido, o "número dois" da diplomacia estadunidense assinalou que "o presidente (Donald) Trump considera que o narcotráfico não deve ser visto apenas como um assunto judicial, mas como um problema de segurança nacional".
Além disso, em referência às palavras de Petro, Landau disse que era "lamentável" e criticou o líder colombiano porque "ele se apresenta como um novo Bolívar, embora claramente não seja". "Quando um líder baseia sua popularidade em discursos do passado, ele acaba levando o país à miséria em vez de à prosperidade", acrescentou.
Essas declarações foram feitas um dia depois que Petro acusou o senador americano Bernie Moreno, republicano do estado de Ohio, de "forjar" um plano com as autoridades americanas para prendê-lo "fazendo-me passar por um traficante de drogas".
Foi o que ele disse em sua conta na rede social X, indicando que o senador busca "vingança" pelos "debates" promovidos por Petro no passado sobre supostos casos de corrupção "no roubo do Banco del Pacífico e na urbanização ilícita da savana de Bogotá e na lavagem de ativos" ligados aos irmãos do americano.
O presidente considerou que os quatro políticos norte-americanos na fotografia "se deixaram convencer pela história de Bernie Moreno (...) Acreditam que ele financiou minha campanha na Venezuela, quando ela foi examinada pela mesma direita dominante na instituição eleitoral por três anos consecutivos e em profundidade".
Nessa linha, ele defendeu que não está "envolvido em nenhum crime" e advertiu que "agora os mesmos aliados do narcotráfico querem reescrever a história", embora tenha assegurado que "o povo da Colômbia não os deixará". "O fato de o presidente dos Estados Unidos aceitar esse tipo de "fake news" entre seus assessores demonstra total desrespeito pelo povo colombiano, seu meio século de mortes por centenas de milhares de meus concidadãos mortos por uma estratégia antidrogas baseada no controle político e militar do país e ineficaz na redução do consumo de cocaína nos Estados Unidos", denunciou, antes de anunciar que pedirá consultas ao representante de Bogotá em Washington, Daniel García.
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