MADRID 16 nov. (EUROPA PRESS) -
A comissão congressual de inquérito sobre os chamados "esgotos" do Estado, focada na "Operação Catalunha" e no "caso Pegasus", e a que trata dos ataques jihadistas de 17 de agosto de 2017 na Catalunha, entraram em uma fase de letargia e Junts já fez saber que não pretende mexer um dedo para manter sua atividade, pois não negociará nessa área com o PSOE.
Isso foi confirmado à Europa Press por fontes do partido pró-independência, que colocaram a recusa do PSOE em começar a investigar a espionagem com o programa "Pegasus" e em desclassificar documentos relacionados aos ataques do 17-A no saco de descumprimento que eles culpam os socialistas.
O PSOE concordou com a criação dessas duas comissões com o ERC e o Junts no início da legislatura em troca de seu apoio à socialista Francina Armengol como presidente do Congresso, garantindo assim uma maioria progressista na Mesa da Câmara dos Deputados.
O Plenário concordou em criá-las em dezembro de 2023, elas foram constituídas em fevereiro de 2024 e, em ambos os casos, o mandato inicial que tinham foi prorrogado para que pudessem continuar seu trabalho. A comissão sobre os ataques solicitou que pudesse continuar com suas investigações até que fossem concluídas, sem estabelecer um prazo específico, e a comissão sobre os esgotos recebeu um ano extra para apresentar suas conclusões em outubro passado, poucos dias antes de Junts anunciar seu rompimento com o governo.
NENHUMA APARIÇÃO DESDE ANTES DO VERÃO
A Comissão de Avaliação de Impacto Ambiental (CPA) foi criada em 19 de maio e o fez após um hiato de cinco meses, quando recebeu os últimos representantes - os políticos pró-independência Xavier Trias (Junts) e Oriol Junqueras (ERC) - em 19 de maio.
Também não esteve ativa nos últimos meses, pois não recebeu nenhuma testemunha desde o final de junho e, após o verão, só se reuniu em uma ocasião, a portas fechadas, para processar as petições da Junts.
Especificamente, o comitê, com o apoio do PSOE, Sumar e seus parceiros habituais, solicitou mais uma vez ao governo que desclassificasse documentos que ainda não haviam sido tratados e pediu novas informações sobre o suposto mentor dos ataques, o então imã de Ripoll (Girona) Abdelbaki Es Satty, e seus possíveis vínculos com o Centro Nacional de Inteligência (CNI).
Precisamente, nesta quarta-feira, durante a presença do presidente do governo, Pedro Sánchez, na sessão plenária, a porta-voz da Junts, Míriam Nogueras, criticou-o por seu gabinete por não ter respondido às solicitações de documentação de seu grupo.
Além disso, a Junts considera que os socialistas não cumpriram com a comissão sobre os "esgotos" porque não concordaram em abrir investigações sobre o "caso Pegasus", que ocorreu com Sánchez no governo.
O CASO PEGASUS TERIA QUE SER DISCUTIDO COM SÁNCHEZ NO GOVERNO
O uso desse programa israelense para espionar políticos e grupos pró-independência foi objeto de uma comissão de inquérito exclusiva que também foi criada no início da legislatura - no âmbito do pacto com a ERC e a Junts para a Mesa do Congresso - mas foi encerrada em outubro de 2024 sem apresentar nenhuma conclusão. Foi acordado que sua tarefa seria herdada pela comissão sobre esgotos, mas ela nunca o fez.
Em 22 de outubro, durante o debate sobre o pedido de extensão de seu trabalho, o porta-voz da Junts, Josep Pagès, exigiu que essa nova fase começasse e investigasse a "atividade policial e parapolicial de perseguição da independência por motivos políticos" que, segundo ele, "continuou sob o governo do PSOE". Naquela época, o Junts estava a apenas cinco dias de anunciar seu rompimento com o PSOE.
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