A família e os dissidentes exigem explicações imediatas do governo sobre as circunstâncias de sua morte
MADRID, 6 dez. (EUROPA PRESS) -
A oposição venezuelana anunciou no sábado a morte do ex-governador do estado de Nueva Esparta Alfredo Díaz durante uma "sentença injusta" na prisão El Helicoide, em Caracas.
"Hoje, lamentavelmente, um líder inocente morreu injustamente na prisão", lamentou a principal coalizão de oposição da Venezuela, a Plataforma Democrática Unida, em sua conta na rede social X.
Díaz, de 55 anos, morreu depois de um ano na prisão e em confinamento solitário, segundo o diretor da ONG Foro Penal, Alfredo Romero, também em sua conta X, antes de exigir explicações imediatas do governo venezuelano como "responsável pela saúde da pessoa sob sua custódia", como fez sua viúva Leynys Malavé nas redes sociais.
O líder da oposição, Leopoldo López, também condenou a morte de Díaz antes de denunciar os maus-tratos e abusos cometidos pelas autoridades carcerárias. "Alfredo Díaz, ex-prefeito, amigo, patriota e lutador, morreu no centro de tortura Helicoide. Ele estava solicitando atendimento médico há meses e lhe foi negado, então o mataram. Ele é mais uma vítima da ditadura", disse.
Díaz foi preso pelas forças de segurança em novembro de 2024 quando viajava de ônibus para a fronteira com a Colômbia após as disputadas eleições presidenciais. Depois de ser mantido incomunicável por vários dias, ele foi transferido para a prisão de Helicoide, denunciada pela oposição como um centro de tortura para dissidentes políticos.
Em novembro, a Anistia Internacional das Américas descreveu a prisão de Díaz como "detenção arbitrária devido ao seu perfil político" e denunciou que ele foi submetido a "desaparecimento forçado durante os primeiros quatro dias de sua detenção".
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