MADRID 17 nov. (EUROPA PRESS) -
A oposição equatoriana avaliou nesta segunda-feira a derrota das propostas do presidente Daniel Noboa nas quatro votações realizadas no domingo, incluindo a proposta de reautorizar a instalação de bases norte-americanas em território equatoriano.
"O Equador disse não a um governo autoritário e prepotente que busca esmagar os equatorianos, os cidadãos, e transformar o Equador em uma extensão da corporação (...). A pátria derrotou o ódio e derrotou a arrogância", declarou a líder da Revolución Ciudadana, Luisa González, em uma entrevista à mídia digital equatoriana Only Panas.
Para González, ex-candidata à presidência, "não há vitória de um partido político aqui, porque as pessoas não votaram em partidos políticos". "Foi um voto pelos direitos do povo equatoriano, que se mobilizou em diferentes setores ambientais, e superamos a polarização e o ódio que a direita sempre quer semear em nós", enfatizou.
"Estamos felizes. A pátria venceu. A pátria venceu. E essa grande vitória, porque é uma grande vitória, pertence ao povo equatoriano. Pertence a 18 milhões de equatorianos e foi uma campanha de cidadãos", argumentou.
A Confederação de Nacionalidades Indígenas do Equador (CONAIE), a principal organização indígena do Equador, justificou o voto no "Não" como "uma mensagem pacífica, mas contundente, contra a rendição ao FMI (Fundo Monetário Internacional) e às políticas neoliberais", nas palavras de sua porta-voz Ercilia Castañeda.
Castañeda enfatizou que o Equador "exige garantias para o exercício dos direitos individuais e coletivos, respeito à diversidade e ao estado plurinacional e intercultural, bem como uma revisão do programa de governo para construir - com mulheres, homens, áreas rurais e urbanas - uma democracia participativa capaz de responder à crise social, econômica e política".
O "Não" venceu a consulta sobre a instalação de bases estrangeiras (60,65% a 39,35%), sobre a alocação de fundos para organizações políticas (58,07% a 41,93%), sobre a redução do número de membros da assembleia (53,47% a 46,53%) e sobre a convocação de uma assembleia constituinte (61,65% a 38,35%), de acordo com os resultados oficiais provisórios publicados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) do Equador.
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