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Ele diz que a declaração da "linha amarela" como a nova demarcação "vai contra o espírito" do plano de paz de Trump.
MADRID, 10 dez. (EUROPA PRESS) -
As Nações Unidas expressaram sua oposição "firme" a qualquer mudança nos limites territoriais da Faixa de Gaza e de Israel, depois que o chefe do exército israelense declarou a "linha amarela", que delimita as posições avançadas dos militares israelenses dentro do enclave palestino, como uma "nova fronteira".
"Acho que isso vai contra o espírito e a letra do plano de paz do (presidente dos EUA, Donald) Trump, e nos opomos fortemente a qualquer mudança nas fronteiras de Gaza e Israel", disse o porta-voz do secretário-geral da ONU, Stephane Dujarric, em uma coletiva de imprensa.
Nesse sentido, ele defendeu que a organização multilateral continuará a se referir à Faixa de Gaza como todo o território original e não exclusivamente ao que está dentro da "linha amarela".
O porta-voz de António Guterres respondeu ao general Eyal Zamir, que disse no domingo passado, durante uma visita às posições israelenses em Beit Hanoun e Jabalia, que "a linha amarela é uma nova fronteira, uma frente avançada tanto ofensiva quanto defensiva para nossas comunidades".
Pouco antes dessas palavras, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu declarou ao chanceler alemão Friedrich Merz o início próximo da fase 2 do cessar-fogo com o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), que prevê a retirada gradual das forças israelenses.
Questionado sobre isso e sobre o papel da ONU nessa segunda fase, Dujarric negou que eles estejam participando "diretamente das negociações e discussões" sobre sua implementação, embora tenha reiterado que eles continuam "muito engajados com as partes relevantes".
Ele confirmou as conversas entre Guterres e as autoridades do Catar em Doha e uma reunião em Jerusalém entre o embaixador dos EUA, Mike Waltz, e o coordenador especial adjunto da ONU para o processo de paz, Ramiz Alakbarov.
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