OCHA denuncia que o exército israelense matou 42 crianças da Cisjordânia desde o início do ano MADRI 8 nov. (EUROPA PRESS) -
O Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) registrou 264 ataques de colonos israelenses na Cisjordânia durante o mês de outubro, um recorde mensal desde o início, em 2006, dos registros históricos desse departamento da ONU.
O porta-voz adjunto do secretário-geral da ONU, Farhan Haq, alertou para um "aumento acentuado da violência colonial contra os palestinos, tanto em frequência quanto em gravidade", especialmente desde o início da temporada de colheita de azeitonas na Cisjordânia, no final de agosto, um dos pilares da debilitada economia palestina.
Dos mais de 9.600 ataques desse tipo documentados pela OCHA desde 2006, cerca de 1.500 deles ocorreram somente em 2025, representando 15% do total, disse o porta-voz em uma coletiva de imprensa na sexta-feira.
A ONU alertou mais uma vez que as ações dos colonos, muitas vezes apoiadas pelo exército israelense, tiveram um impacto humanitário "devastador" desde o início da guerra em Gaza, em 7 de outubro. Desde então, mais de 3.200 habitantes da Cisjordânia foram deslocados devido à violência dos colonos e às restrições de acesso resultantes.
"Comunidades pastoris inteiras foram completamente despovoadas. Centenas de pessoas foram mortas, centenas ficaram feridas - inclusive por fogo real - e muitas outras perderam seus meios de subsistência", lamentou o porta-voz.
A OCHA diz que também recebe relatos diários de outras ações de colonos - incluindo intimidação, arrombamentos, ameaças e assédio - que não estão refletidas nos números publicados, mas que, no entanto, alimentam o "clima de coerção" que força os palestinos a abandonar suas terras agrícolas, casas e comunidades.
Além disso, e de acordo com os dados confirmados pela OCHA na quarta-feira, o número de crianças palestinas mortas pelas forças israelenses na Cisjordânia até o momento neste ano já chega a 42, representando um em cada cinco palestinos mortos em 2025.
Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático