Publicado 18/12/2025 01:16

ONU e ONGs pedem a remoção "imediata" das obstruções de Israel às operações humanitárias em Gaza

10 de dezembro de 2025, Gaza, Palestina: (INT) Fortes chuvas atrapalham a vida em Gaza, com estudantes estudando na rua e famílias recebendo ajuda. 10 de dezembro de 2025 - Gaza, Palestina: Chuvas fortes varreram a Faixa de Gaza hoje, aumentando ainda mai
Europa Press/Contacto/Hashim Zimmo, Hashem Zimmo

Dezenas de ONGs enfrentam um possível fechamento que a ONU "não poderá compensar" devido ao sistema de registro israelense, segundo eles.

MADRID, 18 dez. (EUROPA PRESS) -

As agências da ONU e as ONGs que trabalham na Faixa de Gaza exigiram nesta quarta-feira o levantamento "imediato" dos obstáculos ao acesso e às operações humanitárias no território palestino ocupado, pedindo à comunidade internacional que pressione o governo israelense nesse sentido.

"As agências da ONU e as ONGs exigem o levantamento imediato dos obstáculos ao acesso humanitário e às operações das ONGs no Território Palestino Ocupado", diz a declaração da Equipe Humanitária do País, que reúne as agências da ONU envolvidas na assistência à região, bem como as organizações locais que atuam no local.

No mesmo texto, as entidades pediram que a comunidade internacional "tome medidas imediatas e concretas para pressionar as autoridades israelenses", referindo-se em particular ao novo processo de registro de ONGs internacionais (INGOs), que elas apontaram como "prejudicando as operações humanitárias no OPT ou arriscando o colapso da resposta humanitária, especialmente na Faixa de Gaza".

Esse sistema "é baseado em critérios vagos, arbitrários e altamente politizados", conforme denunciado pela Equipe Humanitária, que também lamentou que ele "impõe requisitos que as organizações humanitárias não podem cumprir sem violar as obrigações legais internacionais ou comprometer os princípios humanitários fundamentais".

"Embora algumas ONGs internacionais tenham se registrado sob o novo sistema, elas representam apenas uma fração (...) e estão longe do que é necessário para atender às necessidades básicas imediatas", enfatizou o grupo de organizações, alertando que "dezenas" delas "enfrentam o cancelamento do registro até 31 de dezembro de 2025, seguido pelo encerramento forçado de suas operações em 60 dias".

O trabalho dessas organizações é "insubstituível", diz o texto, "especialmente depois que as restrições impostas por Israel à Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Próximo (UNRWA) levaram a resposta humanitária em Gaza a um ponto crítico". "A ONU não será capaz de compensar o colapso das operações das ONGIs se elas forem desativadas e a resposta humanitária não puder ser substituída por atores alternativos que operem fora dos princípios humanitários estabelecidos", acrescenta.

Em particular, a Equipe Humanitária da OPT observou que "se as ONGIs forem forçadas a interromper suas operações, um em cada três centros de saúde em Gaza fechará".

"As agências da ONU e as ONGs reiteram que o acesso humanitário não é opcional, condicional ou político. É uma obrigação legal sob a lei humanitária internacional, especialmente em Gaza, onde Israel falhou em garantir suprimentos adequados à população", disse a coalizão humanitária, que afirmou que Israel "deve permitir e facilitar a passagem rápida e desimpedida de ajuda" e "reverter imediatamente as políticas que obstruem as operações humanitárias".

Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático

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