Europa Press/Contacto/Omar Ashtawy
MADRID 31 dez. (EUROPA PRESS) -
O Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Turk, condenou diretamente a decisão de Israel de revogar as autorizações de funcionamento de 37 organizações de ajuda humanitária na Faixa de Gaza, considerando-a "escandalosa".
"Esta é a última de uma série de restrições ilegais ao acesso humanitário, incluindo a proibição de Israel à nossa agência para refugiados palestinos (UNRWA), bem como ataques a ONGs israelenses e palestinas em meio a problemas de acesso mais amplos enfrentados pela ONU e outras agências humanitárias", lamentou o alto comissário.
Vale lembrar também que o parlamento israelense, na segunda-feira, deu "luz verde", em sua terceira leitura, à legislação que proíbe o fornecimento de eletricidade ou água às instalações de propriedade da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Oriente Próximo (UNRWA).
A legislação, que foi aprovada por 59 votos a favor e sete contra, exige que os fornecedores de eletricidade e água desconectem os serviços das instalações da UNRWA e bloqueiem seus serviços de comunicação, bancários e financeiros para a agência, informou o The Times of Israel.
Turk pede que a comunidade internacional tome "medidas urgentes e insista que Israel permita imediatamente o acesso desimpedido à ajuda em Gaza".
Para o alto comissário, "essas suspensões arbitrárias agravam ainda mais uma situação já intolerável para o povo de Gaza", antes de lembrar Israel de "sua obrigação, de acordo com o direito internacional, de garantir o fornecimento de suprimentos essenciais para a vida cotidiana em Gaza, inclusive permitindo e facilitando a ajuda humanitária".
Pouco antes, o governo palestino condenou, em termos inequívocos, a entrada em vigor da ordem de revogação de Israel sobre a atividade da ONG em Gaza, uma medida "arbitrária" com o objetivo final de eliminar "testemunhas" que poderiam denunciar violações da lei internacional.
"Essas instituições fornecem assistência humanitária, de saúde e ambiental vital para o nosso povo, especialmente na Faixa de Gaza, em um momento em que o povo palestino está sofrendo genocídio e fome, que Israel tem usado como arma de guerra", disse o Ministério das Relações Exteriores da Autoridade Palestina em um comunicado na quarta-feira.
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