MADRID 2 jul. (EUROPA PRESS) -
A Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou na terça-feira um orçamento de 5,38 bilhões de dólares (4,558 bilhões de euros) para as operações de paz da ONU no ano fiscal de 2025-2026, apesar de uma emenda de Israel sobre a missão no Líbano e com uma redução orçamentária após a liquidação das da Libéria e da Costa do Marfim.
Embora quase todos os itens tenham sido aprovados sem votação, a resolução para a Força Interina da ONU no Líbano (UNIFIL) teve que ser aprovada dessa forma depois que Israel fez uma emenda oral, que foi rejeitada com cinco votos a favor (Argentina, Canadá, Israel, Paraguai e Estados Unidos) contra 83 votos contra e 57 abstenções. Em contrapartida, a votação do item resultou em 147 votos a favor, três contra (Argentina, Israel e Estados Unidos) e uma abstenção (Paraguai).
O exército israelense teve vários confrontos com a UNIFIL no último ano, como o tiroteio no perímetro de uma das bases da missão em maio, o ataque à base da ONU por um tanque israelense e a demolição de uma de suas torres de observação em outubro de 2024. Na época, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu chegou a considerar a retirada da missão no contexto das operações israelenses contra o Hezbollah, partido da milícia xiita libanesa.
No entanto, após uma redução de 3,76% em relação ao orçamento do ano fiscal anterior, de US$ 5,59 bilhões (4,735 bilhões de euros), após a liquidação das missões na Costa do Marfim e na Libéria, a Assembleia aprovou os orçamentos para doze missões de manutenção da paz, os centros de logística em Entebbe, Uganda e Brindisi, Itália, bem como a conta de apoio à manutenção da paz. Juntas, essas operações envolvem o envio de quase 70.000 militares, policiais e civis na África, no Oriente Médio e na Europa.
Isso inclui as missões da ONU estabelecidas na República Democrática do Congo, no Chipre e na República Centro-Africana, exemplos de operações que, de acordo com o Conselho de Segurança da ONU, trabalham para estabilizar zonas de conflito, apoiar processos políticos, proteger civis e ajudar no desarmamento de organizações e no estabelecimento do estado de direito.
ORÇAMENTOS AFETADOS POR PROBLEMAS DE FLUXO DE CAIXA
"Gostaria que eles tivessem ido um pouco mais longe para resolver um dos problemas subjacentes da ONU, que vem nos atormentando há 80 anos", disse o Auditor Geral da ONU, Chandramouli Ramanathan, durante as negociações da semana passada, explicando que a escassez de dinheiro levou a cortes de gastos de 10, 15 ou até 20% dos orçamentos aprovados em várias ocasiões.
Ramanathan alertou que "sem dinheiro, não há implementação. Não há liquidez suficiente. "Não posso enfatizar o suficiente o enorme esforço que vocês devem fazer para, de alguma forma, nos ajudar a superar essa barreira e resolver um problema que tem atormentado a ONU por tantos anos", insistiu.
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