Publicado 13/04/2025 22:47

OMS denuncia a morte de uma criança após seus cuidados terem sido paralisados em um hospital de Gaza atacado por Israel

GAZA, 13 de abril de 2025 -- Um palestino verifica os danos em um prédio dentro do Hospital Árabe Al-Ahli após um ataque aéreo israelense na Cidade de Gaza, em 13 de abril de 2025. Um ataque aéreo israelense atingiu o Hospital Árabe Al-Ahli na Cidade de G
Europa Press/Contacto/Rizek Abdeljawad

MADRID 14 abr. (EUROPA PRESS) -

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, denunciou neste domingo que o Hospital Batista Al Ahli, na cidade de Gaza, ficou "fora de serviço" como resultado do ataque perpetrado pela manhã pelo exército israelense, que deixou um menor morto, pois seu tratamento hospitalar foi interrompido.

"O hospital Al Ahli em Gaza está fora de serviço após a ordem de evacuação e o ataque desta manhã. A OMS recebeu informações do diretor do hospital. Uma criança morreu devido à interrupção do atendimento", lamentou ele em sua conta na mídia social X.

Tedros também observou que o bombardeio das IDF contra a instalação mais importante no norte da Faixa de Gaza no momento, após a destruição do Hospital Al Shifa, do Hospital Indonésio e do Hospital Kamal Aduan, deixou "a sala de emergência, o laboratório, as máquinas de raios X do departamento de emergência e a farmácia (...) destruídos".

Além disso, após a ordem de evacuação, 50 pacientes foram transferidos para outros hospitais, mas ele alertou que "40 pacientes em estado crítico não puderam ser" mobilizados. "O hospital não pode aceitar novos pacientes enquanto os reparos estiverem sendo realizados", acrescentou.

O chefe da OMS lembrou às autoridades israelenses que "os hospitais são protegidos pela lei humanitária internacional" e que "os ataques à assistência médica devem parar".

"Mais uma vez, repetimos: pacientes, profissionais de saúde e hospitais devem ser protegidos", reiterou, antes de pedir o fim do bloqueio à entrada de ajuda no enclave palestino, imposto por Israel há quase dois meses, e um cessar-fogo.

O exército israelense confirmou o bombardeio do hospital, alegando que o centro estava sendo usado pelas milícias do Hamas "para planejar e executar planos terroristas contra as forças da IDF e os cidadãos do Estado de Israel", acusações que as autoridades de Gaza rejeitaram como "ridículas".

As tropas israelenses alegaram que avisaram com antecedência os ocupantes das instalações antes do ataque, uma alegação confirmada pela Autoridade Palestina (o governo palestino na Cisjordânia reconhecido pela comunidade internacional), mas reclamaram que "deram apenas 18 minutos para que os pacientes, os feridos e a equipe evacuassem o hospital à força".

O hospital é administrado pela Igreja Episcopal Anglicana de Jerusalém e é um dos mais antigos da Cidade de Gaza, tendo sido fundado em 1882. Até o momento, os ataques israelenses paralisaram 85% das instalações de saúde na cidade e em toda a província do norte da Faixa de Gaza.

Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático

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