MADRID 11 abr. (EUROPA PRESS) -
O Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) anunciou cortes de 20% em seu pessoal e uma redução em suas operações em até nove países devido à falta de financiamento, afetada em parte pela diminuição dos fundos dos Estados Unidos.
"Reduziremos nossa força de trabalho em 20%. Administraremos as reduções de forma humana, justa, transparente e disciplinada, com o máximo de antecedência e planejamento possível", enfatizou o chefe humanitário da ONU, Tom Fletcher, em uma carta enviada aos funcionários no dia anterior.
O escritório, que tem um déficit de quase US$ 60 milhões e enfrenta uma "onda de cortes brutais", também reduzirá sua presença e operações em países como Camarões, Colômbia, Eritreia, Iraque, Líbia, Nigéria, Paquistão, Gaziantep (Turquia) e Zimbábue.
O objetivo é eliminar cargos de gerência. "Isso é motivado por cortes de financiamento, não por necessidades humanitárias", diz Fletcher, acrescentando que há "desafios" pela frente que só podem ser enfrentados "juntos".
Questionado sobre os cortes, o secretário-geral da ONU, Stéphane Dujarric, enfatizou em uma coletiva de imprensa na sexta-feira que o déficit de financiamento vem dos Estados Unidos e de outros países. "Nossa fonte de financiamento é muito transparente", disse ele.
A Organização Internacional para as Migrações (OIM), ligada à ONU, também anunciou em meados de março uma série de "ajustes" de projetos e pessoal para lidar com a "inevitável realidade financeira" da organização, vítima colateral de um corte generalizado de financiamento que se agravou desde o retorno de Trump à Casa Branca.
Especificamente, ela decidiu reduzir ou cancelar completamente vários projetos em todo o mundo, envolvendo mais de 6.000 funcionários. Na sede, a força de trabalho será reduzida em 20%, o que envolverá a demissão de 250 funcionários.
Nas últimas semanas, várias agências da ONU expressaram preocupação com o subfinanciamento generalizado e as consequências dos cortes promovidos por Trump, que decidiu desmantelar a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID).
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