Publicado 15/12/2025 18:22

Observadores da OEA detectam "atrasos e deficiências técnicas" no processo eleitoral hondurenho

Archivo - Arquivo - 26 de novembro de 2021, Honduras, Tegucigalpa: Nasry Asfura, o candidato presidencial do Partido Nacional, no poder, fala aos ativistas de seu partido durante um comício eleitoral. No domingo, 28 de novembro, Honduras elegerá o sucesso
Camilo Freedman/dpa - Arquivo

Líderes hondurenhos pediram responsabilidade até que o resultado seja conhecido

MADRID, 15 dez. (EUROPA PRESS) -

A Missão de Observação da Organização dos Estados Americanos (OEA) para as eleições presidenciais em Honduras relatou na segunda-feira "atrasos e deficiências técnicas" no processo eleitoral, mas não "malícia" ou "manipulação".

O chefe da missão eleitoral, Eladio Loizaga, explicou em sua apresentação ao Conselho Permanente da OEA sobre Honduras: "Eles notaram atrasos no gerenciamento do material eleitoral durante sua distribuição e uma acentuada falta de experiência no projeto, desenvolvimento e implementação de soluções tecnológicas para o processamento adequado dos resultados eleitorais".

"Mas eles não observaram fraude ou manipulação óbvia do material eleitoral ou dos sistemas de computador que nos fizessem duvidar dos resultados", disse o diplomata paraguaio.

O chefe da missão da OEA enfatizou que os registros eleitorais físicos estão sob a custódia das autoridades, portanto as falhas nos computadores "não implicam em si mesmas uma ação fraudulenta". "As autoridades eleitorais ainda estão trabalhando dentro do prazo legal para emitir posteriormente uma declaração oficial dos resultados", enfatizou. Além disso, há mecanismos em vigor para revisar as seções eleitorais com inconsistências, destacou.

Loizaga também pediu aos líderes políticos hondurenhos que "ajam com responsabilidade e deixem de lado as táticas de atraso que sabotam o processo". "O atual atraso no processamento e publicação dos resultados não é justificável", enfatizou, referindo-se às eleições realizadas em 30 de novembro.

A missão pediu às autoridades eleitorais que "tomem decisões rapidamente para acelerar o processo". "Neste estágio, é inaceitável culpar o software ou o provedor. A população precisa e merece ter certeza de que nenhuma ação será tomada", denunciou.

AUTORIDADES ELEITORAIS PARTIDÁRIAS

Para Loizaga, "a própria estrutura partidária das autoridades eleitorais (...) explicaria parte dos contratempos e dificuldades que o processo enfrentou".

Ele também reprovou o partido governista, a oposição "e até mesmo as autoridades eleitorais" pela circulação da "narrativa da fraude" que, segundo ele, "causou grandes danos às instituições democráticas e ao próprio processo eleitoral".

Nesse sentido, o Secretário Geral da OEA, Albert Ramdin, exortou os líderes políticos hondurenhos e, em particular, os candidatos presidenciais a "agir com responsabilidade, preservar a paz e a ordem e contribuir para a estabilidade à medida que o país se aproxima do resultado final e da eventual transição".

"Também exortei as autoridades eleitorais a agirem com imparcialidade e a cumprirem suas obrigações de acordo com a legislação nacional, no interesse de eleições livres, justas e independentes", postou Ramdin em sua conta no X.

Os dados oficiais publicados colocam o candidato de extrema direita Nasry Asfura (Partido Nacional) com 40,52% à frente do conservador Salvador Nasralla (Partido Liberal, 39,20%), depois que 99,4% dos votos foram contados.

Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático

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