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MADRID, 12 nov. (EUROPA PRESS) -
O novo vice-presidente da Bolívia, Edman Lara, defendeu nesta quarta-feira que o comandante geral da Polícia, Augusto Russo, não deve exercer a função depois de ter sido desqualificado em janeiro deste ano, após ser denunciado por um coronel que o acusou de ter restringido os direitos de vários agentes.
"Não há respeito pelo estado de direito, o primeiro homem da polícia boliviana não cumpre a lei", disse Lara em sua primeira entrevista coletiva como vice-presidente depois de ser empossado neste fim de semana ao lado do presidente, Rodrigo Paz, de acordo com o jornal boliviano El Deber.
"O general Russo teve que deixar o cargo de comandante geral e passar por uma investigação disciplinar, mas também teve que ser processado criminalmente", disse Lara, um ex-policial que foi expulso da força, segundo ele, por denunciar a corrupção dentro dela.
Lara está se referindo a uma decisão do tribunal de Beni contra Russo - nomeado pelo ex-presidente Luis Arce - por não ter cumprido uma decisão judicial anterior que exigia que ele permitisse o acesso a cursos de especialização que vários policiais haviam solicitado.
"Ele não cumpriu uma decisão constitucional" e quem "não cumpre uma ordem judicial incorre em um crime", insistiu Lara, que confirmou que na primeira reunião do gabinete, há alguns dias, ele já havia pedido a Paz que reformulasse os atuais comandantes, o que ele também concordou.
Lara disse que cumprirá essa ordem em coordenação com o Ministro do Governo, Marco Oviedo. "Ele também me deu a ordem de trabalhar na reestruturação da polícia boliviana", disse o vice-presidente, que baseou grande parte de sua campanha nas redes sociais denunciando as más práticas da força.
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