MADRID 9 nov. (EUROPA PRESS) -
O presidente do Equador, Daniel Noboa, esclareceu que a inteligência artificial não será usada para redigir uma nova Constituição, uma semana antes do referendo constitucional e depois de ter dito, há alguns dias, que essa ferramenta era capaz de redigir um texto dessa magnitude.
"A Constituição não será escrita por IA, como afirmam os políticos desesperados para confundir as pessoas", disse ele em uma mensagem no X, depois que suas palavras em um evento em Cuenca relacionado a essa tecnologia geraram suspeitas em um momento em que o país se prepara para votar em uma Assembleia Constituinte.
"Aqueles que escreverão a Constituição serão os patriotas que buscam um país melhor, um país no qual os criminosos não sejam mais uma prioridade, onde não fiquem livres com medidas alternativas, onde não seja qualquer um que possa entrar livremente pela fronteira para cometer um crime", enfatizou o presidente equatoriano.
Noboa enfatizou que a inteligência artificial está ajudando a "construir um mundo mais avançado" e é por isso que seu governo concedeu cerca de 30.000 bolsas de estudo para que os equatorianos possam usá-la, em referência ao evento na cidade de Cuenca, no qual suas palavras foram, segundo ele, mal interpretadas.
Noboa falou na cerimônia de concessão de bolsas de estudo sobre as capacidades ilimitadas da inteligência artificial, capaz de "coisas simples", como escrever um discurso ou até mesmo "elaborar uma constituição".
Os equatorianos vão às urnas no domingo, 16 de novembro, para votar a favor ou contra o estabelecimento de bases militares estrangeiras no país, o financiamento estatal de partidos e movimentos políticos, a redução do número de deputados na Assembleia Nacional e a criação de uma Assembleia Constituinte para redigir uma nova constituição.
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