O presidente francês pede uma "perspectiva de uma solução política" baseada em dois Estados
MADRID, 15 abr. (EUROPA PRESS) -
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, advertiu o presidente da França, Emmanuel Macron, na terça-feira, que reconhecer o Estado palestino agora seria "uma enorme recompensa para o terrorismo", dias depois que o presidente francês levantou a possibilidade de dar o passo nos próximos meses.
Netanyahu lembrou, em conversa com Macron, que nenhum líder palestino condenou os ataques de 7 de outubro de 2023, por isso entende que um Estado palestino localizado "a poucos minutos" das cidades israelenses representaria uma nova ameaça, além de "um bastião do terrorismo iraniano".
Ele também argumentou que "uma grande maioria" da população israelense se opõe a essa solução de dois Estados, que é defendida por organizações como as Nações Unidas e também por Macron, que sempre esteve disposto a reconhecer a Palestina quando isso fosse útil para consolidar a paz na região.
Na semana passada, Macron deu a entender a possibilidade desse reconhecimento em uma conferência em junho, o que provocou uma cascata de críticas por parte de Israel. O presidente francês, que evitou aludir a esse gesto hipotético ao relatar seu contato com Netanyahu, limitou-se a dizer que a reunião levaria em conta "os interesses de segurança de Israel e de todos (os atores) da região" e que, em última instância, deve haver "uma perspectiva de solução política com dois Estados".
Macron tem como objetivo alcançar a paz "o mais rápido possível", embora, no curto prazo, ele tenha solicitado novamente o cumprimento do cessar-fogo entre Israel e a libertação de todos os reféns ainda mantidos em Gaza. Essas libertações são "uma prioridade absoluta" para a França, assim como "a desmilitarização do Hamas".
O presidente francês pediu a Israel que abra todas as passagens de fronteira para permitir a entrada de ajuda humanitária, "uma necessidade vital para a população civil de Gaza". "A provação dos civis deve acabar", disse Macron, que viu como a ajuda continua "bloqueada" durante sua recente visita a El Arish, no Egito.
Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático