Trump o apoia e aponta a "grande cooperação" dos países "vizinhos"
MADRID, 8 jul. (EUROPA PRESS) -
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, mostraram otimismo nesta segunda-feira em relação a um possível acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza, embora o primeiro tenha assegurado que ambas as administrações estão "perto de encontrar vários países" dispostos a acolher os palestinos que querem deixar a Faixa de Gaza, lembrando o plano proposto meses atrás pelos Estados Unidos para sua transferência forçada para países da região, que as autoridades palestinas e os governos da região rejeitam devido ao risco de limpeza étnica.
Foi o que disse o líder israelense antes de seu jantar com o presidente e outros altos funcionários de Washington na Casa Branca, quando perguntado sobre sua intenção de assumir o enclave palestino, ao dizer que "o presidente Trump teve uma visão brilhante". "Isso se chama livre escolha. Se as pessoas quiserem ficar, elas podem ficar; mas se quiserem ir embora, elas devem poder ir embora", disse ele.
Nessa linha, Netanyahu destacou que a Faixa de Gaza "não deve ser uma prisão, mas um lugar aberto", no que ele apresentou novamente como uma forma de "incentivar a migração voluntária" dos palestinos. "Estamos trabalhando em estreita colaboração com os Estados Unidos para encontrar países que ofereçam aos palestinos um futuro melhor", disse ele.
Trump, por sua vez, apoiou as palavras do israelense afirmando que há uma "grande cooperação" dos países "vizinhos" para a execução do plano. "Algo bom vai acontecer", disse ele.
Os dois líderes fizeram os comentários no momento em que se espera que as negociações sejam retomadas esta semana em Doha, no Catar, para um cessar-fogo na Faixa de Gaza.
Nesse sentido, o ocupante da Casa Branca mostrou-se otimista, considerando que "eles (Hamas) querem se reunir e querem esse cessar-fogo".
Por outro lado, o líder republicano evitou responder a uma pergunta sobre a solução de dois Estados, cedendo a palavra a Netanyahu, que disse que "os palestinos deveriam ter todos os poderes para se governar", para depois defender que "certos poderes, como a segurança geral, sempre permanecerão em nossas mãos".
"Ninguém em Israel aceitará qualquer outra coisa, porque não cometemos suicídio", disse o primeiro-ministro israelense, que também acusou o Hamas de ser "um Estado em Gaza".
"Veja o que eles fizeram com ela. Eles a construíram em bunkers, em túneis de terror, (...) massacraram nosso povo (...). Portanto, não é provável que as pessoas digam: vamos dar a eles outro Estado, que será uma plataforma para destruir Israel (...) Juramos 'Nunca mais'. Nunca mais é agora. Isso nunca mais acontecerá", disse ele.
Em vez disso, Netanyahu prometeu que "faremos a paz com nossos vizinhos palestinos, aqueles que não querem nos destruir", reiterando sua exigência de que "o poder soberano da segurança sempre permanecerá em nossas mãos".
O líder também expressou sua vontade de "estabelecer uma paz muito ampla que inclua todos os nossos vizinhos", embora não tenha mencionado nenhum país em particular. "Nós prezamos a vida para nós mesmos, para nossos vizinhos, e acredito que podemos trabalhar uma paz entre nós e todo o Oriente Médio com a liderança do presidente Trump", concluiu.
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