Publicado 06/12/2025 10:03

Moreno defende o espírito de "coexistência pacífica" da Transição no Dia da Constituição

O Presidente da Junta de Andalucía, Juanma Moreno, durante o ato institucional do Dia da Constituição, no Congresso dos Deputados, em 6 de dezembro de 2025, em Madri (Espanha). As Cortes Gerais comemoram o 47º aniversário da Constituição.
Eduardo Parra - Europa Press

MADRID/SEVILLA 6 dez. (EUROPA PRESS) -

O presidente da Junta de Andaluzia, Juanma Moreno, reivindicou neste sábado o espírito de "coexistência pacífica" da Transição Espanhola e da Constituição de 1978 e lamentou "a divisão e a polarização" dos partidos políticos e da sociedade na Espanha.

Em entrevista ao Canal Sur, antes de participar da cerimônia em homenagem à Constituição realizada no Congresso, Moreno parabenizou "todos os andaluzes e todos os espanhóis" pelo Dia da Constituição, além de descrevê-la como "uma regra essencial, que garantiu quase 50 anos de coexistência pacífica, progresso e bem-estar" no país.

"É uma regra que todos nós temos a obrigação de cumprir. Sem a Constituição, estaríamos em anarquia; portanto, ter ordem, ter regras, ser capaz de funcionar em coexistência é o que nossa Constituição, aprovada por milhões de espanhóis em 1978, nos garante", enfatizou o Presidente, acrescentando que é uma regra básica de coexistência que "deve ser defendida, mantida e posta em prática".

Ele também afirmou que a Espanha está passando por uma situação de polarização política e social, já que, em sua opinião, o Presidente do Governo, Pedro Sánchez, e outros grupos políticos "decidiram levar a política para uma divisão" e "dessa divisão para o confronto".

"Essa situação não contribui em nada para a coexistência ou para o nosso progresso", disse Moreno, que também exigiu o retorno da "atmosfera pacífica" que existia durante o período de transição anterior à Constituição de 1978, que "é necessária neste momento". "Tivemos quase 50 anos de coexistência pacífica graças ao fato de que pessoas que pensavam de forma diferente se respeitavam, sentavam-se à mesa e chegavam a um acordo, e é isso que devemos buscar", disse ele.

Nesse sentido, com relação a uma possível melhoria da Constituição, o Presidente da Junta destacou que "tudo pode ser melhorado", mas que, para realizar uma possível melhoria, é necessário fazê-lo a partir de "um prisma majoritário de consenso" entre as principais formações políticas, "algo que não está acontecendo agora", lamentou.

Por outro lado, Juanma Moreno destacou que as possíveis reformas devem incluir uma mudança no atual modelo de governo, porque, como ele criticou, o governo nacional "não pode depender de partidos que representam apenas um território, não toda a Espanha". "Os governos estaduais não podem estar sujeitos à chantagem permanente dos partidos nacionalistas", acrescentou.

Por fim, ele indicou que a Espanha está atualmente "muito longe" de elaborar uma reforma da Constituição porque "não há clima, nem consenso, nem possibilidade" e "pelo menos por enquanto, um acordo entre as principais forças políticas".

Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático

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