MADRID 17 nov. (EUROPA PRESS) -
O Ministério das Relações Exteriores de Montenegro convocou o embaixador russo em Podgorica, Aleksandar Lukasik, por causa das recentes declarações do diplomata após a decisão do parlamento montenegrino de dar "luz verde" ao envio de suas tropas para a missão de treinamento da OTAN na Ucrânia.
"Tais ações e críticas são absolutamente inaceitáveis. Montenegro não permitirá que ninguém ameace a dignidade de suas instituições", disse ele em um comunicado, acrescentando que suas palavras "representam um exemplo claro de interferência".
A pasta ressaltou ainda que, a partir de agora, "mensagens semelhantes" de Moscou "serão consideradas ações hostis deliberadas" às quais o país "responderá adequadamente de acordo com as normas internacionais".
"Montenegro não age sob instruções de qualquer lugar, mas é guiado por seus próprios interesses nacionais e estratégicos, definidos por suas prioridades de política externa: adesão à OTAN e compromisso com o processo de adesão à UE", disse.
Em suas observações, o diplomata russo disse que a decisão do Parlamento confirmou a tendência de Podgorica de deteriorar ainda mais as relações com Moscou e seu desejo de se envolver em iniciativas antirrussas. Ele também comentou negativamente sobre uma entrevista com o presidente do país, Jakov Milatovic, no jornal francês 'La Croix'.
Isso ocorre depois que o parlamento de Montenegro aprovou, na semana passada, uma resolução que permite que suas tropas treinem militares ucranianos no território dos países membros da OTAN, após meses de atraso.
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