Publicado 08/11/2025 10:26

Moncloa está contando com um acordo "rápido" entre Feijóo e Abascal para substituir Mazón, evitando eleições.

Archivo - Arquivo - O presidente do PP, Alberto Núñez Feijóo (à esquerda), conversa com o presidente do VOX, Santiago Abascal (à direita), ao sair de uma sessão plenária na Câmara Baixa do Parlamento, em 17 de setembro de 2024, em Madri (Espanha). A sessã
Jesús Hellín - Europa Press - Arquivo

MADRID 8 nov. (EUROPA PRESS) -

O governo e o PSOE lançaram uma convocação para eleições regionais na Comunidade Valenciana após a renúncia de Carlos Mazón e chegaram a descrevê-la como a "única saída democrática" para essa situação. No entanto, fontes do governo veem como a opção mais provável um acordo "rápido" entre os líderes nacionais do PP e do Vox, Alberto Núñez Feijóo e Santiago Abascal, respectivamente, para encontrar um substituto e continuar a legislatura.

Os prazos já começaram a correr, uma vez que Mazón formalizou sua renúncia perante o parlamento regional. Agora há 12 dias para apresentar um novo candidato e, em seguida, um máximo de uma semana para realizar uma investidura, que deve ter os votos favoráveis do PP e do Vox.

Em público, o governo insiste em exigir eleições, como o próprio presidente, Pedro Sánchez, fez no Brasil, alertando o PP sobre o "negacionismo" do Vox, que poderia inviabilizar a agenda climática na Comunidade Valenciana, e exigindo que eles deixem os valencianos escolherem nas urnas. Na mesma linha, o Ministro Félix Bolaños chegou a definir eleições antecipadas como a "única saída democrática" após a saída de Mazón.

O CAMINHO PARA O PACTO

Entretanto, Moncloa espera que ambos os partidos encontrem um candidato de consenso nos próximos dias. "Tudo está caminhando para um acordo", dizem fontes do governo.

Elas consideram que ambos os partidos mantiveram uma interlocução fluida nessa comunidade, apesar de Abascal ter ordenado uma ruptura com o PP em todos os governos que compartilharam, e esse bom relacionamento poderia ajudar nessa negociação. De fato, o PP e o Vox acabaram de fechar um acordo para aprovar os orçamentos na Câmara Municipal de Valência.

Na primeira reunião entre as duas formações para tratar do cenário pós-Mazón, que ocorreu nesta sexta-feira, as duas partes registraram "boa vontade" para negociar e o partido de Abascal pediu para decidir quem será o candidato para substituí-lo.

PÉREZ LLORCA, PRINCIPAL CANDIDATO

Entre os possíveis candidatos, destaca-se o nome de Juanfran Pérez Llorca, deputado e atual porta-voz do PP no Parlamento valenciano, que mantém um bom relacionamento com a Vox. Até mesmo seus rivais políticos acreditam que ele tem capacidade suficiente para assumir o cargo, embora ele ainda não tenha feito uma declaração.

A prefeita de Valência, María José Catalá, fez uma declaração, insistindo que deseja continuar à frente do conselho municipal. A priori, ela tem menos opções devido às dúvidas geradas pela liderança regional do PP, que apresentou o nome de Vicente Mompó, atual presidente do Conselho Provincial de Valência, como seu candidato preferido.

Nesse cenário, Pérez Llorca poderia ser uma candidata de consenso para os dois anos restantes da legislatura, com o apoio do Genova, do PP valenciano e também do Vox.

O GOVERNO TENTARÁ DESGASTAR FEIJÓO

Em Moncloa, eles consideram "vergonhoso" o fato de haver um pacto e insistem que as eleições devem ser realizadas, mas preveem que isso acontecerá e tentarão tirar proveito disso. Se o pacto for finalmente formalizado e as eleições forem evitadas, os socialistas tentarão desgastar Feijóo, criticando-o por sua proximidade com a extrema direita, com várias eleições regionais à vista, Extremadura em dezembro e Castilla y León no início do ano.

Além disso, se não houver eleições na Comunidade Valenciana, a líder do PSPV, Diana Morant, poderá estender sua permanência no governo de Sánchez e continuar como ministra.

Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático

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