Europa Press/Contacto/Tommaso Fumagalli
MADRID 14 dez. (EUROPA PRESS) -
Os ministros das Relações Exteriores da Polônia e da Hungria, Radoslaw Sikorski e Peter Szijjarto, entraram em conflito nas redes sociais no domingo sobre o envolvimento dos países europeus na guerra na Ucrânia e, especificamente, o congelamento de ativos russos.
Os países da UE chegaram a um acordo na quinta-feira sobre o congelamento por tempo indeterminado de 210 bilhões de euros de ativos russos congelados em solo da UE, um primeiro passo para fortalecer as salvaguardas antes de aproveitar a liquidez desses ativos para financiar o "empréstimo de reparação" para a Ucrânia que os líderes da UE esperam acordar na cúpula da próxima semana.
O confronto começou quando o ministro das Relações Exteriores da Polônia criticou no X uma mensagem do primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, que denunciou os esforços da UE como uma "violação da lei da UE em plena luz do dia", sem levar em conta o seu país.
"Bruxelas está tentando confiscar os ativos russos congelados - uma declaração de guerra", condenou Orbán, que é próximo do presidente russo Vladimir Putin. "Viktor", respondeu Sikorski na mesma plataforma, "mereceu sua Ordem de Lênin", referindo-se ao que já foi a mais alta condecoração que um civil soviético poderia receber.
O ministro das Relações Exteriores da Hungria reagiu rapidamente à mensagem de seu colega polonês. "Entendemos que o que vocês querem é uma guerra entre a Rússia e a Europa, mas não nos permitiremos ser arrastados para ela", disse Szijjarto em outra mensagem, que por sua vez foi respondida por Sikorski, na qual ele mais uma vez criticou o governo húngaro por sua afinidade com a Rússia.
"Essa guerra não vai acontecer, a menos que a Rússia invada novamente, mas entendemos que, nesse caso, vocês ficariam do lado dela", lamentou o ministro polonês.
Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático