Ton Molina/Supreme Court of Braz / DPA - Arquivo
MADRID 28 nov. (EUROPA PRESS) -
O Ministério Público do Brasil pediu na sexta-feira prisão domiciliar para o general Augusto Heleno Ribeiro - ex-ministro do Gabinete de Segurança durante o mandato de Jair Bolsonaro - acusado de um golpe de Estado junto com outras seis pessoas de confiança do ex-presidente, porque ele sofre de doença de Alzheimer.
Ribeiro, acusado de fazer parte do "núcleo crucial" liderado por Bolsonaro para mantê-lo no poder apesar de sua derrota nas eleições de outubro de 2022, foi preso na terça-feira e enviado para instalações militares onde deveria cumprir sua sentença de 21 anos por participar desses eventos.
Durante o exame médico, o próprio Ribeiro, de 78 anos, relatou que sofre da doença desde 2018. Um ano depois, ele assumiu suas funções como chefe do gabinete de segurança de Bolsonaro até a queda de ambos em 2022.
"Trata-se de medida excepcional, proporcional à sua idade e estado de saúde, cuja gravidade foi devidamente comprovada e poderá ser comprometida caso ele se afaste de sua residência", argumentou o procurador-geral da República, Paulo Gonet.
O caso está agora nas mãos do investigador do caso do golpe, o juiz do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, que na semana passada enviou o ex-presidente Bolsonaro para uma sala de detenção especial na sede da Polícia Federal em Brasília por tentar remover sua tornozeleira eletrônica.
O único do chamado "núcleo central" da conspiração a ser preso foi o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, que cumpre pena de 24 anos no presídio da Papuda. Os demais foram presos em instalações das Forças Armadas com base em seu status militar.
São os casos dos ex-ministros da Defesa Walter Braga Netto e Paulo Sérgio Nogueira - este último nas mesmas instalações para as quais Ribeiro foi enviado - bem como do almirante e ex-chefe da Marinha Almir Garnier.
Por sua vez, o ex-chefe da Agência Brasileira de Inteligência (ABI), Alexandre Ramagem, está foragido nos Estados Unidos, enquanto o ex-assessor de Bolsonaro, coronel Mauro Cid, cumpre pena de dois anos em regime aberto graças à sua colaboração ao longo do processo.
Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático