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O ex-presidente, acusado de favorecer a empresa brasileira, pode ser condenado a mais 35 anos de prisão.
MADRID, 12 dez. (EUROPA PRESS) -
O Ministério Público do Peru solicitou uma sentença de oito anos e meio de prisão para o ex-presidente Pedro Pablo Kuczynski no âmbito de uma investigação contra ele por corrupção, considerando que ele aproveitou seu cargo de ministro da Economia entre 2001 e 2005 para favorecer a construtora Odebrecht na concessão de uma obra.
O Ministério Público solicitou a mesma sentença para o ex-ministro dos Transportes, José Ortiz, e pediu nove anos de prisão para outros sete acusados no caso da concessão à empresa brasileira para a construção de um trecho da Rodovia Interoceânica Norte.
Isso é afirmado na acusação à qual a estação de rádio RPP teve acesso, na qual a promotoria alega que Kuczynski, de 87 anos, aproveitou-se de sua posição como chefe do Ministério da Economia e do Conselho de Administração da Proinversión de 2004 a 2005 para manter reuniões com Jorge Barata, diretor da Obedrecht no Peru, com o objetivo de favorecer a empresa no processo de licitação mencionado acima.
"Esse favorecimento teria sido obtido por meio da adjudicação (...) e do contrato de concessão, em detrimento dos interesses do Estado, o que representou um prejuízo econômico para o país no valor equivalente a 108,4 milhões de dólares (923 milhões de euros)", afirma o documento.
Kuczynski também enfrenta uma sentença de 35 anos de prisão por suposta lavagem de dinheiro, pois teria recebido subornos da Obedrecht quando era ministro do governo do presidente Alejandro Toledo. O ex-presidente é acusado de liderar uma organização criminosa dentro de seu partido, agora dissolvido, Peruanos por el Kambio, que supostamente recebeu dinheiro irregularmente para a campanha de 2016 da empresa de construção CASA, que faz parte da rede conhecida como "Clube da Construção", um consórcio de empresas que, desde 2001, supostamente ofereceu subornos para ganhar contratos públicos.
Em março de 2018, após apenas 20 meses no cargo, Kuczynski renunciou, negando as alegações de corrupção. Um ano depois, ele foi condenado a 36 meses de prisão preventiva, embora tenha acabado cumprindo a pena em prisão domiciliar devido a seus problemas de saúde.
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