Publicado 12/12/2025 00:02

O Ministério Público da Bolívia solicita a prisão preventiva do ex-presidente Luis Arce devido ao risco de fuga

Archivo - LA PAZ, 28 de junho de 2025 -- O presidente boliviano Luis Arce recebe uma entrevista exclusiva da Xinhua em La Paz, Bolívia, em 18 de junho de 2025. PARA IR COM "Entrevista: O BRICS amplia a voz dos países do Sul Global e defende seus direitos
Europa Press/Contacto/Javier Mamani - Arquivo

MADRID 12 dez. (EUROPA PRESS) -

O Ministério Público da Bolívia pediu na quinta-feira três meses de prisão preventiva para o ex-presidente Luis Arce, que está detido desde o dia anterior por supostamente ter desviado fundos do Fundo Indígena durante seu período como ministro da Economia.

O Ministério Público solicitou que o líder do Movimento ao Socialismo (MAS) fosse enviado à prisão de Qalahuma, na cidade de Viacha, no departamento de La Paz, alegando risco de fuga e obstrução da investigação, além das provas pelas quais o ex-presidente foi preso.

A acusação, à qual o jornal 'El Deber' teve acesso, afirma que Arce - que invocou seu direito de não testemunhar em seu primeiro comparecimento perante as autoridades - "sugeriu, promoveu e autorizou a canalização irregular de fundos públicos para contas privadas".

Além disso, a promotoria anunciou que convocará 24 pessoas importantes para depor no caso, incluindo a ex-ministra de desenvolvimento rural Nemesia Achacollo, a ex-cônsul boliviana em Puno, Peru, Felipa Huanca, e outros ex-funcionários de alto escalão durante o período em que os crimes foram supostamente cometidos. De acordo com as autoridades bolivianas, os atos sob investigação remontam ao período em que Arce foi Ministro da Economia, ou seja, de 2006 a 2017 e depois entre janeiro e novembro de 2019, durante o mandato de Evo Morales.

As acusações atribuídas a Arce são de enriquecimento ilícito, adoção de resoluções contrárias à Constituição e à lei, violação de deveres, uso indevido de influência e conduta antieconômica, segundo o ministro de Governo, Marco Antonio Oviedo, que também apontou a aprovação de "projetos fantasmas" financiados com recursos do Fundo para o Desenvolvimento Camponês e Agrícola Indígena (Fondioc).

"Tudo isso contribuiu para a crise econômica que estamos vivendo hoje", disse ele em declarações relatadas pelo 'El Deber', denunciando uma perda de cerca de 360 milhões de bolivianos (cerca de 44,5 milhões de euros).

Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático

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