MADRD 1 jul. (EUROPA PRESS) -
O governo mexicano reiterou o pedido de salvo-conduto para que o ex-vice-presidente equatoriano Jorge Glas, a quem o México concedeu asilo político há mais de um ano, possa deixar o Equador, horas depois de o ex-braço direito de Rafael Correa ter sido condenado a mais 13 anos de prisão por suposto desvio de fundos públicos.
Glas foi condenado na segunda-feira junto com outro ex-funcionário, Carlos Bernal, por supostamente se apropriar indevidamente de fundos durante a reconstrução de áreas afetadas pelo terremoto de 2016 na região costeira de Manabi. O ex-vice-presidente, que negou as alegações, está atualmente detido em uma prisão de segurança máxima cumprindo duas outras condenações por corrupção.
O Ministério das Relações Exteriores do México lembrou em um comunicado que, em abril de 2024, concedeu asilo a Glas quando ele se refugiou na Embaixada do México em Quito, em nome da "tradição humanista histórica de proteger as pessoas perseguidas por motivos políticos". No entanto, o governo de Daniel Noboa deu a ordem de invadir a legação para prender o ex-vice-presidente, em uma operação controversa que levou a um conflito diplomático.
Por meio da Suíça, que desde então representa os interesses do México no Equador, as autoridades mexicanas solicitaram novamente um salvo-conduto, dessa vez levando em conta o "delicado estado de saúde" de Glas. Ele espera, assim, poder partir para o México "ou para um terceiro país a ser designado".
"O México reitera seu compromisso inabalável de garantir o respeito e a proteção dos direitos das pessoas que considerou necessário asilar, de acordo com sua Constituição Política e o Direito Internacional", afirmou o Ministério em seu comunicado, sem que o governo equatoriano tenha comentado o assunto.
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