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MADRID 16 dez. (EUROPA PRESS) -
A presidente do México, Claudia Sheinbaum, enfatizou nesta terça-feira que a soberania do país "não está em discussão", em resposta ao alcance que a decisão dos Estados Unidos de declarar o fentanil uma "arma de destruição em massa" e as recentes ameaças de ataque aos cartéis de drogas poderiam ter.
"Somos contra qualquer intervenção (...) em qualquer lugar do mundo, mas ainda mais no México. A soberania e a territorialidade não estão em discussão por nenhum motivo", enfatizou o presidente mexicano.
Sheinbaum deixou a porta aberta para colaborar e coordenar com os Estados Unidos "em diferentes questões", desde que, enfatizou, a soberania do México não esteja em questão. Nesse sentido, ela destacou que eles estudarão as implicações que essa nova decisão do presidente dos EUA, Donald Trump, pode trazer.
A presidente mexicana destacou que o fentanil também tem usos médicos, e também pediu que não só se persigam os cartéis de drogas, mas também se abordem as causas do consumo desse tipo de substância.
Na segunda-feira, Trump declarou o fentanil uma "arma de destruição em massa" em uma ordem executiva, argumentando que "nenhuma bomba faz o que essa droga está fazendo". "Centenas de milhares de americanos morreram de overdose", disse ele.
Até o momento, Washington não explicou quais serão as repercussões legais da classificação da droga sob esse título. Não se descarta que essa seja uma nova manobra de Trump para justificar uma possível intervenção em território mexicano, semelhante à inclusão dos cartéis de drogas em sua lista de grupos terroristas.
Em fevereiro de 2025, Trump incluiu alguns desses grupos, como o Cartel de Jalisco - Nova Geração, o Cartel de Sinaloa ou La Nueva Familia Michoacana, na lista de organizações terroristas internacionais dos EUA.
O fentanil matou mais de 80.000 pessoas nos EUA somente em 2024, de acordo com estatísticas oficiais.
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