Publicado 18/09/2025 18:14

Merz aplaude o aumento dos gastos militares da Espanha, mas adverte que "um esforço maior" terá de ser feito

O Presidente do Governo, Pedro Sánchez (à direita), e o Chanceler da República Federal da Alemanha, Friedrich Merz (à esquerda), aparecem diante da mídia após sua reunião no Palácio Moncloa, em 18 de setembro de 2025, em Madri (Espanha). A reunião é
A. Pérez Meca - Europa Press

MADRID 18 set. (EUROPA PRESS) -

O chanceler alemão Friedrich Merz elogiou o aumento do orçamento militar da Espanha, embora tenha advertido que todos terão que fazer "maiores esforços" para aumentar a capacidade de defesa, depois que o presidente Pedro Sánchez se recusou a atingir o investimento de 5% em defesa que o resto dos aliados da OTAN assinaram.

Merz visitou Sánchez em La Moncloa na quinta-feira e, em uma coletiva de imprensa conjunta, disse que estava ciente dos dados da Espanha, que passou por "um impressionante processo de recuperação com relação ao seu orçamento militar".

O líder alemão fez essas declarações quando perguntado se a Alemanha estava incomodada com a posição da Espanha de permanecer em 2% em vez de se comprometer a investir 5% do PIB em defesa, conforme acordado na cúpula da OTAN em Haia (Holanda) em junho passado.

"Estamos todos muito longe dos 5%, tínhamos concordado com 3,5% para gastos militares, estritamente falando, e todos nós temos que nos aproximar disso", disse ele, enfatizando que apreciava os esforços e o compromisso do governo espanhol.

No entanto, ele acrescentou que, no futuro, "será necessário ainda mais" e todos os países terão que fazer "mais esforços".

Por sua vez, Sánchez destacou que essa não é uma questão que tenha sido tratada em profundidade nesta ocasião, embora Merz esteja ciente da posição espanhola. A esse respeito, ele reiterou que seu governo aumentou o nível de investimento em defesa de 0,9% do PIB, que a administração anterior do Partido Popular deixou, para 2%, que será alcançado este ano.

"Portanto, se houve um governo que cumpriu acordos anteriores de outras administrações e está cumprindo sua responsabilidade, sua obrigação, de contribuir para a segurança comum, é este", enfatizou.

Na mesma linha, ele defendeu o compromisso da Espanha como um "parceiro confiável" no flanco leste da Europa com tropas, capacidades militares e também em resposta ao apelo do Secretário-Geral da OTAN sobre os incidentes envolvendo drones russos na Polônia. Nesse sentido, ele reiterou sua disposição de ajudar e participar da nova missão da Aliança Atlântica.

PROJETO DE CAÇA EUROPEU

Sánchez e Merz também foram questionados sobre a situação do programa FCAS (Future Combat Air System) para construir um caça europeu do qual participam Espanha, França e Alemanha, que foi bloqueado devido à intenção de Paris de liderá-lo sozinho.

Merz disse que a Alemanha e a Espanha estão conversando com o governo francês e querem uma solução "antes do final do ano". "Há um acordo entre França, Alemanha e Espanha sobre esse projeto. Nós dois sabemos que precisamos desse tipo de projeto, mas não podemos continuar como estamos fazendo agora", disse o alemão.

Sánchez concordou com as palavras de seu colega e garantiu que o interesse da Espanha nesse projeto é "genuíno e total", embora com as condições estabelecidas pelos três países. Em sua opinião, esse é um exemplo da "Europa da defesa" e ele espera que possa ser implementado o mais rápido possível. "É claro que o compromisso da Espanha é total", reiterou.

Por fim, Sánchez foi questionado sobre a possibilidade de enviar baterias antiaéreas Patriot para contribuir com a defesa da Ucrânia, e indicou que a Espanha já enviou capacidades antiaéreas para Kiev, embora não do tipo Patriot, que foi implantado na Turquia e também para proteger seu flanco sul.

Esta notícia foi traduzida por um tradutor automático

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